Dona Edna Holanda cria cachorros há cerca de 15 anos, e agora procura pessoas para adotar seus cachorros (Foto: André Resende/G1)
Edna Holanda tem 73 anos e é servidora federal aposentada. Apaixonada por animais, ocupa seu tempo cuidando de 26 cachorros dentro da sua própria casa como se fossem seus filhos. Após ter tomado conta dos animais por 15 anos, ela terá que pôr fim a relação de dedicação construída ao longo de todo esse tempo. Por problemas de saúde, e principalmente pela insatisfação dos vizinhos, que se transformou em uma denúncia do Ministério Público e gerou uma recomendação para que a aposentada desfaça dos seus cães.
Foram constatados problemas de poluição sonora e de insalubridade pelo Centro de Zoonoses de João Pessoa em fiscalização na casa de idosa no último dia 10 de setembro. Desde então, a Promotoria do Meio Ambiente pode determinar a decidir a qualquer momento pela retirada imediata dos animais.
Para não ter que entregar os seus cães ao Centro de Zoonoses, dona Edna e sua irmã, Socorro Holanda, de 77 anos, recorreram à ONG Associação de Proteção Animal Amigo Bicho (Apaab). Há mais de 10 dias a ONG iniciou uma campanha de adoção dos cães de dona Edna. Até esta segunda-feira (24) tinha sido adotados apenas oito.
Socorro Holanda explica que a possibilidade da retirada dos animais a qualquer momento para o Centro de Zoonoses de João Pessoa tem deixado sua irmã aflita. “Ela cuida muito bem dos cachorros. São todos muito bem tratados, mas nós da família sabemos que a situação de saúde dela não é das melhores, nem o local é o mais adequado. Foi muito difícil para ela tomar esta decisão de doar os cães, mas ela acredita que é melhor entregar para pessoas que também gostem de cachorros, que vão cuidar tão bem quanto ela, do que levarem para o Zoonoses”, comentou Socorro. Ela disse ainda que a irmã gasta por mês, somente com a alimentação dos cães, cerca de mil reais.
Para a integrante da Apaab, Maribel Amengual, a ideia de levar os cachorros de Dona Edna para o Centro de Zoonoses da capital é inconcebível, uma vez que são todos sadios. “A população tem que entender que o Centro de Zoonoses não é abrigo, não é depósito. Se um cão sadio chega até lá e não é adotado em três dias, o Centro é obrigado a sacrificá-lo. Por isso nossa pressa em fazer com que esses cães sejam adotados”, explicou.
Conforme o laudo técnico de inspeção do Setor de Denúncias e Fiscalização do Zoonoses, apesar dos problemas de insalubridade e poluição sonora do local, todos os cães se mostraram perfeitamente sadios. Os interessados em adotar devem entrar em contato com dona Socorro pelo número (83) 3235-1032 e marcar uma visita para escolher o animal.
Garantia de prazo para adoção
O objetivo da ONG é garantir que o Ministério Público dê um prazo de 30 a 90 dias para que dê tempo dos animais serem adotados. “Precisamos de mais tempo, só em cerca 15 dias foram adotados oito, acredito que com pelo menos mais 30 nós conseguiremos encontrar pessoas para adotarem o restante. Iremos conversar com o Ministério Público para que a situação seja resolvida de maneira amigável entre todos os envolvidos”, ressaltou Maribel Amengual.
O zootecnista do Centro de Zoonoses de João Pessoa, Ronaldo Lima, afirmou que os funcionários do local não têm poder de polícia e não pode de maneira alguma tirar os animais da casa da aposentada à contra gosto.
“Recebemos as denúncias, checamos, e procedendo recomendamos as intervenções necessárias para que os problemas encontrados sejam normalizados. Infelizmente, este problema vem se protelando a quase um ano e nada foi feito para que fosse regularizado. Neste caso, especificamente, se tratam de animais sadios, e que podem ser adotados”, completou Lima.
Fonte: G1
Edna Holanda tem 73 anos e é servidora federal aposentada. Apaixonada por animais, ocupa seu tempo cuidando de 26 cachorros dentro da sua própria casa como se fossem seus filhos. Após ter tomado conta dos animais por 15 anos, ela terá que pôr fim a relação de dedicação construída ao longo de todo esse tempo. Por problemas de saúde, e principalmente pela insatisfação dos vizinhos, que se transformou em uma denúncia do Ministério Público e gerou uma recomendação para que a aposentada desfaça dos seus cães.
Foram constatados problemas de poluição sonora e de insalubridade pelo Centro de Zoonoses de João Pessoa em fiscalização na casa de idosa no último dia 10 de setembro. Desde então, a Promotoria do Meio Ambiente pode determinar a decidir a qualquer momento pela retirada imediata dos animais.
Para não ter que entregar os seus cães ao Centro de Zoonoses, dona Edna e sua irmã, Socorro Holanda, de 77 anos, recorreram à ONG Associação de Proteção Animal Amigo Bicho (Apaab). Há mais de 10 dias a ONG iniciou uma campanha de adoção dos cães de dona Edna. Até esta segunda-feira (24) tinha sido adotados apenas oito.
Socorro Holanda explica que a possibilidade da retirada dos animais a qualquer momento para o Centro de Zoonoses de João Pessoa tem deixado sua irmã aflita. “Ela cuida muito bem dos cachorros. São todos muito bem tratados, mas nós da família sabemos que a situação de saúde dela não é das melhores, nem o local é o mais adequado. Foi muito difícil para ela tomar esta decisão de doar os cães, mas ela acredita que é melhor entregar para pessoas que também gostem de cachorros, que vão cuidar tão bem quanto ela, do que levarem para o Zoonoses”, comentou Socorro. Ela disse ainda que a irmã gasta por mês, somente com a alimentação dos cães, cerca de mil reais.
Para a integrante da Apaab, Maribel Amengual, a ideia de levar os cachorros de Dona Edna para o Centro de Zoonoses da capital é inconcebível, uma vez que são todos sadios. “A população tem que entender que o Centro de Zoonoses não é abrigo, não é depósito. Se um cão sadio chega até lá e não é adotado em três dias, o Centro é obrigado a sacrificá-lo. Por isso nossa pressa em fazer com que esses cães sejam adotados”, explicou.
Conforme o laudo técnico de inspeção do Setor de Denúncias e Fiscalização do Zoonoses, apesar dos problemas de insalubridade e poluição sonora do local, todos os cães se mostraram perfeitamente sadios. Os interessados em adotar devem entrar em contato com dona Socorro pelo número (83) 3235-1032 e marcar uma visita para escolher o animal.
Garantia de prazo para adoção
O objetivo da ONG é garantir que o Ministério Público dê um prazo de 30 a 90 dias para que dê tempo dos animais serem adotados. “Precisamos de mais tempo, só em cerca 15 dias foram adotados oito, acredito que com pelo menos mais 30 nós conseguiremos encontrar pessoas para adotarem o restante. Iremos conversar com o Ministério Público para que a situação seja resolvida de maneira amigável entre todos os envolvidos”, ressaltou Maribel Amengual.
O zootecnista do Centro de Zoonoses de João Pessoa, Ronaldo Lima, afirmou que os funcionários do local não têm poder de polícia e não pode de maneira alguma tirar os animais da casa da aposentada à contra gosto.
“Recebemos as denúncias, checamos, e procedendo recomendamos as intervenções necessárias para que os problemas encontrados sejam normalizados. Infelizmente, este problema vem se protelando a quase um ano e nada foi feito para que fosse regularizado. Neste caso, especificamente, se tratam de animais sadios, e que podem ser adotados”, completou Lima.
Fonte: G1
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