sábado, 28 de janeiro de 2012

Órgão sexual e tromba de elefante viram refeição na Tailândia

trompa

(Foto: Reprodução/The Nation) Elefante sendo explorado, na Tailãndia, para jogar futebol

O elefante, símbolo nacional venerado na Tailândia, pode enfrentar uma nova ameaça de extinção: a caça, não apenas para extrair suas presas, mas para obter sua carne.

Dois elefantes selvagens foram encontrados mortos no mês passado em um parque nacional no oeste da Tailândia, alertando as autoridades para uma nova prática de comer carne de elefante.

“Os caçadores retiram os órgãos sexuais e a tromba dos elefantes… para consumo humano”, disse o diretor-geral da agência de vida selvagem da Tailândia, Damrong Phidet. Parte da carne seria consumida sem cozimento, como se fosse um “sashimi de elefante”, afirmou.

O consumo de carne de elefante não é comum na Tailândia, mas algumas culturas asiáticas justificam o ato cruel alegando que comer órgãos reprodutivos animais pode aumentar a potência sexual.

Damrong informou que a carne de elefante foi encomendada por restaurantes em Phuket, um destino turístico popular no sul do país. Não ficou claro se os fregueses eram estrangeiros.

A caça de elefante é proibida, bem como o tráfico ou posse de partes de animais caçados. Presas de elefante também são vendidas no comércio ilegal de marfim. Já os filhotes de elefantes selvagens são caçados para serem treinados e explorados para shows de talentos.

“A situação chegou a um ponto de crise. Quanto mais nós permitirmos que esses atos cruéis aconteçam, mais cedo os elefantes serão extintos”, falou Damrong.

A busca de marfim continua a ser a principal causa de caça de elefantes na Tailândia, dizem ambientalistas.

Soraida Salwala, o fundador da fundação dos Amigos do Elefante Asiático, afirmou que um par de presas de elefantes adultos poderia ser vendido por entre um e dois milhões de baht (entre US$ 31,6 mil e US$ 63,3 mil). Já o valor estimado de um pênis de elefante é de mais de 30 mil baht (US$ 950).

A Tailândia tem menos de 3 mil elefantes selvagens e cerca de 4 mil confinados em cativeiro, de acordo com o Departamento de Parques Nacionais, Vida Selvagem e Conservação Vegetal.

Os paquidermes foram um dos pilares da indústria madeireira no norte e oeste do país, até que os contratos do setor foram revogados no final de 1980.

Os animais domesticados são hoje explorados principalmente para transporte de carga pesada e entretenimento.

Com informações do G1

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