sábado, 26 de maio de 2012

«Censo da Biodiversidade» quer inventariar fauna e flora da Amazónia



Projecto está a ser realizado por investigadores do Museu Paraense Emílio Goeldi

2012-05-21
Página 'online' do Censo da Biodiversidade, do Museu Goeldi
Página 'online' do Censo da Biodiversidade, do Museu Goeldi
Investigadores brasileiros querem disponibilizar na Internet a lista completa das milhares de espécies de fauna e flora da Amazónia. O projecto, intitulado Censo da Biodiversidade (que se encontra aqui), agrega por enquanto apenas três mil espécies de animais, todas nativas da região do Pará. A iniciativa está a ser coordenada por investigadores do Museu Paraense Emílio Goeldi.
Os cientistas querem que até ao final do ano fazer o levantamento de toda a Amazónia brasileira. Para concluir realizar a tarefa, o projecto está ligado a outras ferramentas virtuais internacionais que registam as espécies existentes no planeta.
Sem esta base de dados estar completa é mais difícil, dizem os cientistas, proteger as áreas ameaçadas pela pressão humana ou estudar as raízes evolutivas de plantas e animais. No entanto, a escassez de profissionais especializados em sistemática, ramo da biologia que inventaria e descreve a biodiversidade e estuda as relações filogenéticas entre os organismos, torna a tarefa mais difícil.
Existem aproximadamente 10 por cento de mamíferos e aves da Amazónia ainda desconhecidas. Quanto a répteis e anfíbios, o número desconhecimento é muito maior, admitem os investigadores. Informações como nome científico, família e, nalguns casos, a categoria de ameaça de extinção de cada espécie vão fazer parte da lista.
O objectivo do projecto é “informar a sociedade sobre a riqueza da biodiversidade amazónica, permitindo acompanhar as mudanças desta riqueza, bem como do conhecimento sobre ela, ao longo dos anos”, explica o museu. A ideia, acrescenta, “é agregar as informações obtidas por diferentes iniciativas a fim de disponibilizar publicamente números confiáveis e actualizados, com frequência regular”.
fonte: cienciahoje.pt

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