sábado, 26 de maio de 2012

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO


Por: » MARCOS VASCONCELOS - médico em Viçosa (AL).
Desde os meus familiares mais antigos (avô, pai, tios), temos afeição pelos animais domésticos. Crio vários cães, um dos quais, filhote de labrador preto de quatro meses, na minha casa em Viçosa, sobre cuja raça conta-se ser normalmente dócil, fiel escudeiro ao seu dono a ponto de morrer de tristeza ou deprimir-se quando o mesmo se afasta. É é um cão guloso, não chega nem a mastigar a comida deglutida. Excelente guia para os deficientes visuais, vemo-lo em filmes ou mesmo nas ruas das grandes cidades.

Em Maceió, onde moram meus filhos, possuo um ótimo cão de guarda com seis anos, o Hulk, embora seu tipo seja mais para caça. Em meu consultório, tenho ainda um cão de três anos, misto, o Blondi. Dentre os meus cães, não tenho, porém, qualquer preferência; gosto de todos e cuido deles com minha filha Nancy, que cursa veterinária na Ufal.

Cão pequeno é como criança. Não fosse eu médico de humanos, seria médico de animais, profissão bonita, que requer dedicação, vocação, amor. Certa vez estava dentro de casa e só ouvia um cachorro a chorar. Perdi a paciência e fui ver: era um bêbado chutando um cão. Quando notei que não parava de agredi-lo, fui obrigado a tomar as dores do animal: – Ei, rapaz, não maltrate mais o cachorro! Ele está quieto e indefeso no canto dele. O bêbado fez que nem me ouviu. Disse-lhe, então, que, caso continuasse, chamaria a polícia. Foi que parou; saiu-me xingando e chutou o que encontrava pela frente...

É horrível o cativeiro. Pior ainda aquele que, sem condições financeiras, tempo disponível, pessoal treinado, condena os animais moribundos à falta de cuidados mínimos para que possam sobreviver em boa saúde. Muitas desumanidades se noticiam, cujos irresponsáveis ainda questionam o direito de guarda para os animais indefesos. O Estado e parceiros deveriam manter locais para abrigar animais domésticos maltratados e abandonados e, através da divulgação, conseguir donos para adoção, pois ainda se sente muito xodó por eles. Convém recordar que o ex-presidente Getúlio Vargas assinou um decreto em 1934 que dizia: os animais são de propriedade do Estado e o cidadão tem por dever assistir, respeitar e compreendê-los.

Animais de estimação, portanto, merecem carinho, cuidado, humanismo; do contrário, não devem ser criados, apenas admirados.

fonte:gazetaweb

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