Uma recente investigação conduzida pela Sociedade Humanitária dos Estados Unidos (HSUS) em um celeiro de treinamento para cavalos da raça Tennessee Walking revelou a crueldade cometida contra esses animais. As informações são da Care 2.
De acordo com a HSUS, a investigação levou os responsáveis, Jackie McConnell – que já possui um histórico de abuso contra cavalos – e seus sócios, Jeff Dockery, John Mays e Joseph R. Abernathy, a serem acusados criminalmente por violar a Lei de Proteção aos Cavalos e as leis estaduais do Tennessee contra crueldade animal.
Eles foram flagrados colocando uma pasta cáustica nos cascos dos cavalos, técnica que em inglês é conhecida como soring, para que, devido à irritação, o cavalo chacoalhe rapidamente as patas e ande de maneira extravagante, acentuando a maneira como cavalga. Esse efeito no andar é chamado de “big lick”.
A prática do ‘soring’, para qualquer raça de cavalo, está proibida há décadas pela Lei de Proteção aos Cavalos, mas ainda hoje é utilizada por treinadores antiéticos para que o animal dê um passo alongado. Substâncias cáusticas, como óleo de mostarda misturado com querosene ou óleo diesel, são besuntadas na pele sensível em volta do casco e metacarpo do cavalo, causando bolhas, ardor e irritação. Por isso o cavalo levanta as pernas na tentativa de obter algum alívio.
Correntes também podem ser usadas para causar uma dor adicional. Algumas pessoas ainda usam ácido salicílico para cobrir os ferimentos.
Depois de tudo isso, os cavalos são treinados a não reagir quando suas pernas são tocadas, conforme pode ser visto no vídeo.
Enchimento ou pilhas também são usados nas patas dianteiras para atiçar mais ainda os animais. Isso, além da dor e do desconforto, causa desequilíbrio entre as pernas.
Para ajudar a cumprir a Lei de Proteção aos Cavalos, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos desenvolveu um programa para capacitar pessoas a inspecionar os cavalos que se apresentam em shows e a identificar aqueles que sofreram ‘sorign’
Em 2006, o Festival Anual do Tennessee foi cancelado pela primeira vez em 68 anos de existência, pois 10 cavalos foram desqualificados pela inspeção feita pelo Departamento de Agricultura; 103 violações foram identificadas.
Desde que as investigações da HSUS foram divulgadas pela rede CBS, a Pepsi, um dos patrocinadores do festival, retirou o apoio.
Nota da Redação: Animais não existem para servir de escravos ao entretenimento humano. Treinar um animal para uma atividade interessante e lucrativa para alguns exploradores é violentar a natureza do animal e ainda desrespeitar o seu direito à liberdade. Obrigar um animal a fazer algo alheio à sua natureza e submetê-lo a condições estressantes é um crime de maus-tratos. Criar cavalos para fins humanos é, portanto, um crime contra a vida.
Com infomação: anda
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