A L’Oreal ofereceu cerca de US$ 1.2 milhão à Agência de Proteção Ambiental como forma de incentivar o desenvolvimento de testes químicos que não envolvam animais.
Foto: Reprodução/NY Daily News
A empresa, cuja sede fica em Paris, anunciou que colaborará com a pesquisa se um sistema de toxicidade chamado ToxCast, que identifica se os químicos causam efeitos adversos à saúde, puder ser utilizado mais amplamente.
“Devido aos altos custos e do tempo que leva para realizar um teste em animal, nem todos os produtos químicos utilizados são exaustivamente avaliados quanto a sua toxidade potencial”, disse David Dix, representante do Centro Nacional de Toxicologia Computacional.
“O ToxCast é capaz de rapidamente identificar milhares de componentes em centenas de testes e oferecer resultados relevantes a vários tipos de toxicidades”, completou.
Além do financiamento, a L’Oreal fornecerá dados sobre os produtos químicos utilizados em seus cosméticos, expandindo assim os grupos químicos avaliados pelo ToxCast.
Os pesquisadores dizem que os tratamentos para doenças como diabetes e poliomielite foram possíveis graças aos testes realizados em animais, e que ainda hoje eles são usados nos estudos sobre hepatite, HIV e células-tronco.
Mas ativistas continuam a pressionar os laboratórios sobre o uso de animais no desenvolvimento de drogas e vacinas, sendo urgente que esta prática seja interrompida e substituída por outras formas.
“Por mais de 30 anos temos investido em uma avaliação preditiva de segurança. Em outras palavras, em testes de toxicidade livres de animais. O programa ToxCast poderá enriquecer nossa plataforma de testes e nos ajudar a prever a segurança de nossos produtos”, disse Laurent Attal, vice-presidente da L’Oreal Research & Innovation.
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