Por Sidney Navas
A crueldade contra animais e o desrespeito à legislação continuam em Rio Claro, e a suposta falta de punição alimenta ainda mais a violência. Uma prova desse desrespeito foi evidenciada na tarde de sexta-feira (23), após a localização de uma cachorra no quintal de uma casa localizada na Avenida 8-A, entre as Ruas 5-B e 6-B, no bairro Cidade Nova.
O animal foi enforcado. O responsável por esse ato covarde e lamentável não havia sido identificado, pelo menos até o fechamento desta edição. A presidente do Grupo de Apoio e Defesa dos Animais (Gada), Roberta Escrivão de Campos, que acompanhou a ocorrência, estava abalada e inconformada com o que viu. “Apesar da luta para acabar com a violência, ainda fico chocada ao saber até onde algumas pessoas são capazes de chegar. Elas agem dessa forma porque sabem perfeitamente que não serão punidas, principalmente aqui em Rio Claro, onde nossas autoridades nada fazem para colocar um fim a tanta crueldade”, dispara Roberta do Gada.
O dono do imóvel não foi encontrado. Entretanto, as autoridades que compareceram ao Cidade Nova disseram que ainda não existem provas de que ele seria o responsável pelo enforcamento. Para Roberta Escrivão, o município precisa urgentemente criar uma delegacia especializada na defesa dos animais como já existe em algumas cidades paulistas.
“Só mesmo com a criação de uma delegacia voltada para esses fins poderemos identificar e punir os responsáveis por tantas atrocidades contra os indefesos animais”, explica ela. A presidente do Gada também alerta às pessoas a respeito da chamada posse responsável. É comum o abandono de cães e gatos depois de um certo tempo. “No começo tudo é lindo. Mas parte da sociedade trata seus animais como simples objeto ou mercadoria descartável. Assim que surgem algumas doenças e é preciso gastar dinheiro com o veterinário, o animal é jogado fora sem qualquer cerimônia. É inacreditável e muito triste”, observa Roberta. No começo da noite a presidente do Gada procurou a Polícia Civil para registrar a ocorrência.
Fonte: Jornal Cidade
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