A Associação Nacional dos Produtores de Cereais (ANPOC) afirmou hoje que a alimentação para os animais poderá ser importada de França e através de transporte marítimo uma "hipótese nunca equacionada, mas que terá de o ser" devido à seca.
Em declarações à agência Lusa, Bernardo Albino admitiu o aumento das necessidades em alimentação pecuária em "200 ou 300%" comparando com um ano normal e o recurso à importação não equacionada até agora.
A alimentação "à mão pode ser uma constante durante todo o ano" e face à situação grave vivida em Espanha, a compra de alimentos pode começar a ser feita a França e a outros locais.
"Espanha está com um ano muito complicado e vai ter necessidade de fazer face às carências e os espanhóis estarão primeiro que os portugueses", notou o responsável.
Bernando Albino enumerou que Portugal pode começar a importar de França e "depois em barcos, uma hipótese nunca equacionada, mas que terá de o ser".
Depois da ministra da Agricultura ter anunciado na sexta-feira várias medidas para mitigar os efeitos da seca, o presidente da ANPOC referiu que esta é a "fase de esperar para ver como as coisas correm".
A ANPOC defende ainda que é necessário "aligeirar regras" num "ano anormal".
Os produtores de cereais contabilizam um "prejuízo gigantesco", ao gastar em média 300/400 euros por hectare e numa altura em que têm 100 mil hectares destruídos e "30 a 40 milhões de euros de prejuízos".
O dirigente referiu que uma "parte importante" das plantações passadas estão secas, mas se houver muita pluviosidade as que ainda não estão feitas podem ter sucesso.
"Na semana passada choveu em Lisboa, mas não no campo, como no Alentejo e no Ribatejo. Quatro meses sem chuva no verão podem ser aceitáveis, mas agora são quatro meses sem chuva na época da chuva", disse.
Na sexta-feira, o Observatório de Secas do Instituto de Meteorologia revelou que a seca extrema já atinge mais de metade do território continental (53%), enquanto os restantes 47% estão em seca severa.
No mesmo dia, o Conselho de Ministros aprovou medidas a nível nacional e comunitário no valor de 90 milhões de euros.
Entre a lista de medidas do ministério da Agricultura estão a redução em 20 dias dos reembolsos do IVA, ajudas a nível da alimentação e abeberamento dos animais, concentração dos pagamentos por conta em dezembro e pedido de antecipação das ajudas da União Europeia.
Os ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia iniciaram em Bruxelas uma reunião de dois dias.
Com o início da visita a Angola da ministra Assunção Cristas, caberá ao secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, representar Portugal neste Conselho ministerial, cuja agenda é reservada hoje às Pescas e na terça-feira à Agricultura.
A Comissão Europeia, disseram fontes comunitárias à Lusa, poderá aceitar o aumento do teto das ajudas mínimas das ajudas de Estado, que se cifra em 7.500 euros por três anos, e a antecipação dos pagamentos diretos, para ajudar à liquidez dos agricultores, admitindo ainda uma adaptação de fundos de programas de desenvolvimento rural.
Portugal está "muito empenhado" em ajudar Angola a crescer no setor agrícola e agroalimentar através de parcerias, transferência de tecnologias e investigações conjuntas na área das culturas tropicais, disse hoje em Luanda fonte governamental portuguesa.
A intenção foi hoje manifestada pela ministra da Agricultura, do Ambiente, do Mar e do Ordenamento do Território de Portugal, Assunção Cristas, ao Governo angolano no encerramento de um seminário técnico sobre oportunidades de negócio e de investimento no mercado angolano, que juntou empresários portugueses e angolanos.
Assunção Cristas encerrou o seminário, organizado pela Associação Industrial Portuguesa, que contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura angolano, José Amaro Tati.
De acordo com a governante portuguesa, Portugal e Angola já desenvolvem uma relevante parceria comercial nestas duas áreas, havendo agora necessidade de se desenvolver localmente a produção agrícola e agroindustrial.
"Esta foi no fundo a mensagem que também ouvimos do secretário de Estado da Agricultura de Angola - que há muito trabalho de cooperação, há muito trabalho empresarial para ser feito em conjunto e nós estamos empenhados em que isso possa acontecer", disse Assunção Cristas, que chegou hoje a Luanda para uma visita oficial de cinco dias, onde participa também na reunião de ministros do Ambiente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A governante portuguesa disse que existem entre Portugal e Angola vários instrumentos de protocolos, exemplificando a área dos regadios, que considerou importante para dar vazão a situações de seca, que os dois países enfrentam neste momento.
"Existe um protocolo na área do ambiente, que aliás tem tido boa execução, mas mais importante do que estabelecer instrumentos políticos, neste momento creio que é termos passos determinantes para dar conteúdo de execução a esses instrumentos", referiu a ministra.
"Por isso, esta visita tem a ver com o estabelecer de canais adequados, políticos e técnicos, para se poder fazer uma boa execução dos instrumentos que já existem em colaboração entre os dois Estados, mas que praticamente não têm exe
A Associação Nacional dos Produtores de Cereais (ANPOC) afirmou hoje que a alimentação para os animais poderá ser importada de França e através de transporte marítimo uma "hipótese nunca equacionada, mas que terá de o ser" devido à seca.
Em declarações à agência Lusa, Bernardo Albino admitiu o aumento das necessidades em alimentação pecuária em "200 ou 300%" comparando com um ano normal e o recurso à importação não equacionada até agora.
A alimentação "à mão pode ser uma constante durante todo o ano" e face à situação grave vivida em Espanha, a compra de alimentos pode começar a ser feita a França e a outros locais.
"Espanha está com um ano muito complicado e vai ter necessidade de fazer face às carências e os espanhóis estarão primeiro que os portugueses", notou o responsável.
Bernando Albino enumerou que Portugal pode começar a importar de França e "depois em barcos, uma hipótese nunca equacionada, mas que terá de o ser".
Depois da ministra da Agricultura ter anunciado na sexta-feira várias medidas para mitigar os efeitos da seca, o presidente da ANPOC referiu que esta é a "fase de esperar para ver como as coisas correm".
A ANPOC defende ainda que é necessário "aligeirar regras" num "ano anormal".
Os produtores de cereais contabilizam um "prejuízo gigantesco", ao gastar em média 300/400 euros por hectare e numa altura em que têm 100 mil hectares destruídos e "30 a 40 milhões de euros de prejuízos".
O dirigente referiu que uma "parte importante" das plantações passadas estão secas, mas se houver muita pluviosidade as que ainda não estão feitas podem ter sucesso.
"Na semana passada choveu em Lisboa, mas não no campo, como no Alentejo e no Ribatejo. Quatro meses sem chuva no verão podem ser aceitáveis, mas agora são quatro meses sem chuva na época da chuva", disse.
Na sexta-feira, o Observatório de Secas do Instituto de Meteorologia revelou que a seca extrema já atinge mais de metade do território continental (53%), enquanto os restantes 47% estão em seca severa.
No mesmo dia, o Conselho de Ministros aprovou medidas a nível nacional e comunitário no valor de 90 milhões de euros.
Entre a lista de medidas do ministério da Agricultura estão a redução em 20 dias dos reembolsos do IVA, ajudas a nível da alimentação e abeberamento dos animais, concentração dos pagamentos por conta em dezembro e pedido de antecipação das ajudas da União Europeia.
Os ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia iniciaram em Bruxelas uma reunião de dois dias.
Com o início da visita a Angola da ministra Assunção Cristas, caberá ao secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, representar Portugal neste Conselho ministerial, cuja agenda é reservada hoje às Pescas e na terça-feira à Agricultura.
A Comissão Europeia, disseram fontes comunitárias à Lusa, poderá aceitar o aumento do teto das ajudas mínimas das ajudas de Estado, que se cifra em 7.500 euros por três anos, e a antecipação dos pagamentos diretos, para ajudar à liquidez dos agricultores, admitindo ainda uma adaptação de fundos de programas de desenvolvimento rural.
Portugal está "muito empenhado" em ajudar Angola a crescer no setor agrícola e agroalimentar através de parcerias, transferência de tecnologias e investigações conjuntas na área das culturas tropicais, disse hoje em Luanda fonte governamental portuguesa.
A intenção foi hoje manifestada pela ministra da Agricultura, do Ambiente, do Mar e do Ordenamento do Território de Portugal, Assunção Cristas, ao Governo angolano no encerramento de um seminário técnico sobre oportunidades de negócio e de investimento no mercado angolano, que juntou empresários portugueses e angolanos.
Assunção Cristas encerrou o seminário, organizado pela Associação Industrial Portuguesa, que contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura angolano, José Amaro Tati.
De acordo com a governante portuguesa, Portugal e Angola já desenvolvem uma relevante parceria comercial nestas duas áreas, havendo agora necessidade de se desenvolver localmente a produção agrícola e agroindustrial.
"Esta foi no fundo a mensagem que também ouvimos do secretário de Estado da Agricultura de Angola - que há muito trabalho de cooperação, há muito trabalho empresarial para ser feito em conjunto e nós estamos empenhados em que isso possa acontecer", disse Assunção Cristas, que chegou hoje a Luanda para uma visita oficial de cinco dias, onde participa também na reunião de ministros do Ambiente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A governante portuguesa disse que existem entre Portugal e Angola vários instrumentos de protocolos, exemplificando a área dos regadios, que considerou importante para dar vazão a situações de seca, que os dois países enfrentam neste momento.
"Existe um protocolo na área do ambiente, que aliás tem tido boa execução, mas mais importante do que estabelecer instrumentos políticos, neste momento creio que é termos passos determinantes para dar conteúdo de execução a esses instrumentos", referiu a ministra.
"Por isso, esta visita tem a ver com o estabelecer de canais adequados, políticos e técnicos, para se poder fazer uma boa execução dos instrumentos que já existem em colaboração entre os dois Estados, mas que praticamente não têm execução", acrescentou Assunção Cristas.
O estabelecimento de uma parceria conjunta na área da investigação sobre as culturas tropicais, de que Portugal possui bastante bibliografia e recursos humanos e pretende colocar à disposição do crescimento desta área económica angolana, é também um dos objetivos desta visita de Assunção Cristas a Angola.
"Estamos a começar a desenvolver essa ideia. O objetivo é juntar parceiros, em Angola, depois em Moçambique, com certeza que no Brasil também se aproveitará no Rio+20 para estabelecer esse contacto, de maneira também em rede podermos articuladamente desenvolver linhas de investigação científica, com centros de investigação na área das culturas tropicais", sublinhou.
Diário Digital com Lusacução", acrescentou Assunção Cristas.
O estabelecimento de uma parceria conjunta na área da investigação sobre as culturas tropicais, de que Portugal possui bastante bibliografia e recursos humanos e pretende colocar à disposição do crescimento desta área económica angolana, é também um dos objetivos desta visita de Assunção Cristas a Angola.
"Estamos a começar a desenvolver essa ideia. O objetivo é juntar parceiros, em Angola, depois em Moçambique, com certeza que no Brasil também se aproveitará no Rio+20 para estabelecer esse contacto, de maneira também em rede podermos articuladamente desenvolver linhas de investigação científica, com centros de investigação na área das culturas tropicais", sublinhou.
Diário Digital com Lusa
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