Venda de porcos na rampa do Santa Inês, na orla de Macapá (Foto: Wagner Ribeiro/Arquivo pessoal) |
Prática é considerada ilegal e crime para a saúde pública, afirma Diagro.
Artista plástico registrou dia de abate na rampa do Santa Inês.
Aos domingos, segundas e quartas-feiras dezenas de porcos são expostos na rampa do bairro Santa Inês, na Zona Sul de Macapá. O local, também conhecido como 'Feira do Açaí', é utilizado por vendedores de carne suína que abatem o animal ali mesmo e o cortam ao gosto do freguês para comercialização da carne. Cada
quilo custa R$ 5. A prática é ilegal e considerada crime contra a saúde pública, segundo a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro). O artista plástico Wagner Ribeiro, de 54 anos, registrou com a câmera do celular um dia de abate. A imagem foi publicada em sua página no Facebook e dividiu opiniões entre os internautas.
quilo custa R$ 5. A prática é ilegal e considerada crime contra a saúde pública, segundo a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro). O artista plástico Wagner Ribeiro, de 54 anos, registrou com a câmera do celular um dia de abate. A imagem foi publicada em sua página no Facebook e dividiu opiniões entre os internautas.
Animais são expostos na rampa para escolha do freguês Foto: Wagner Ribeiro/Arquivo pessoal |
A Vigilância Sanitária Municipal informou que o abate de suínos é legalizado, desde que seja realizado em matadouros licenciados. Segundo Gisela Ceimbra, diretora do órgão, a tortura de animais é crime e pode acarretar em pena de 3 meses a 1 ano de prisão. Além disso, para transportar os animais o proprietário deve possuir o Guia de Trânsito Animal (GTA), que exige a apresentação de certificados de vacinação ou atestado de sanidade dos bichos.
Mesmo com as exigências legais, ambulantes podem comprar a carne ao preço de R$ 5 (o quilo) e pedir o corte alí mesmo. Clovis Nunes, de 54 anos, disse que vende o produto há mais de 30 anos.
Clovis Nunes, de 54 anos, ambulante Foto: Dyepeson Martins/G1 |
O transportador Ruy Naum, de 53 anos, conta que trabalha com o transporte de mercadorias em portos de Macapá há mais de 10 anos. Ele diz que é comum barcos chegarem carregados de suínos vivos à capital. “As vezes me da até uma pena deles, na verdade. Não trabalho com esse transporte, mas a gente sempre vê as pessoas trazendo os bichos para a rampa e jogando-os no chão”, reforçou. O coordenador de fiscalização da Diagro, Álvaro Cavalcanti, informou que os animais normalmente são trazidos do Pará.
Ruy Naum, de 53 anos, trabalha como transportador há mais de 10 anos Foto: Dyepeson Martins/G1 |
O coordenador de fiscalização da Diagro destacou que o órgão tem a responsabilidade de fiscalizar o trânsito dos animais dentro do estado. “Estamos fazendo um programa de educação sanitária para estimular os barqueiros a se cadastrarem no Guia de Trânsito Animal. Assim, a Diagro poderá ter um maior controle sobre o manuseio e o transporte dos suínos e dar ao consumidor maior segurança na hora de comprar a carne em açougues. Além de não submeter os porcos a esse tipo de tratamento”, disse Álvaro Cavalcanti .
FONTE: G1
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