Passeata chama atenção para defesa dos animais que são abandonados nas ruas em Corumbá (MS)
05 de abril de 2014 às 20:30
Passeata na manhã deste sábado, 05 de abril, chamou atenção para um problema bastante comum em Corumbá: o grande número de animais abandonados pelas ruas da cidade. A caminhada, que começou na Esplanada da Nob e terminou no Jardim da Independência, teve como intuito sensibilizar população e Poder Público de que algo precisa ser feito.
“Queremos com esta passeata conscientizar a população da grande quantidade de animais maltratados, jogados e abandonados pelas ruas. Buscamos também, pedir à Prefeitura que retome as castrações gratuitas de cães e gatos”, disse ao Diário Corumbaense Marizeth Giordano, voluntária de um grupo de proteção de animais. Segundo ela, a castração ajuda no trabalho dos grupos que atuam na defesa dos animais.
A voluntária, que se definiu como uma amante e defensora dos animais, afirmou que a caminhada deste sábado não é contrária ao Executivo Municipal, mas teve o intuito de “pedir o apoio da Prefeitura e que se atente a esse problema”.
Marizeth disse não ser contrária a eutanásia em animais doentes, mas não concorda se a prática for aplicada a animais sadios. “Tem que ter lei, multa para proprietário que os abandona nas ruas. É fácil ter e não cuidar, tem que cuidar”, completou.
Castrações serão retomadas
A médica veterinária responsável pelo Centro de Controle de Zooneses (CCZ), Walkíria Arruda da Silva, informou ao Diário que o processo de castração dos animais vai ser retomado pelo Município entre junho e julho deste ano. “Para as castrações vamos ter mais de um veterinário para realizar o trabalho, teremos até veterinários particulares que se prontificaram a entrar nesse trabalho com a gente. Existem também os veterinários do CCZ. Vamos fazer esse trabalho”, explicou.
Walkíria disse ainda que os arrastões promovidos pelo CCZ capturaram menos de dez animais. “Foram feitos apenas dois arrastões até agora e o serviço foi suspenso. Uma viatura deu problema. Tem que ser duas viaturas para esse trabalho para que uma faça o suporte da outra. Ao todo foram recolhidos oito animais, e desses oito, em quatro deles, o proprietário veio procurar e alguns que estavam debilitados precisamos fazer a eutanásia”, esclareceu.
Um complicador é o descaso de alguns moradores que deixam seus cães na rua expostos às doenças. Além disso, há aqueles que ligam solicitando que seja feito o recolhimento de seu animal, que muitas vezes está em boas condições, apenas porque não querem mais criar. Hoje o canil do CCZ abriga apenas os animais que foram recolhidos após solicitação dos tutores, informou a veterinária.
A chefe do Centro de Controle de Zoonoses enfatizou que uma preocupação é a localização geográfica de Corumbá, que faz fronteira com cidades bolivianas. “Na Bolívia está tendo circulação viral de raiva, teve um caso positivo agora e nós temos históricos de cães positivos para raiva, cães de rua onde temos o laudo da Iagro. Então isso é uma questão de saúde pública”, frisou. “O CCZ está aberto para qualquer pessoa e ONG para que venham e entendam o que é a raiva, que é uma doença que dá desespero de se ver. Não existe exame de sangue para diagnosticar a doença, o único material que a gente consegue diagnosticar é o cérebro do animal. Nós estamos abertos para fazer palestras”, concluiu Walkíria.
Fonte: Diário Corumbaense
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