Carroças motorizadas estão substituindo o uso de cavalos em Assunção (Foto: Divulgação)
Centenas de cavalos trotam pelas ruas quentes de Assunção, capital do Paraguai, transportando cargas pesadas de lixo, muitas vezes por doze horas diárias. É uma tradição de muitos anos. Porém, dentro de algumas semanas, muitos desses animais irão passar o resto de suas vidas em um santuário longe da cidade. As informações são do The Tribune.
A lei municipal, que entra em vigor em meados de fevereiro, proíbe o uso desse tipo de carroça pelas pessoas que recolhem lixo.
A empresária belga Maris Llorens está ajudando, ao disponibilizar sua fazenda como santuário para os cavalos. Ela está oferecendo aos carroceiros US$ 350 por cada animal, quantia que deverá ser usada para pagar a primeira parcela da compra da carroça motorizada de três rodas.
Ela e outros ativistas de direitos animais há muito tempo se preocupam com os cavalos abatidos, muitas vezes mal alimentados e, por vezes maltratados, que andam pela cidade, onde as temperaturas durante o verão chega a 35 ºC.
A empresa Leopard, que fabrica as novas carroças, concede crédito sem garantia aos coletores de lixo pobres para que eles possam lentamente pagar o preço de US$ 4 mil.
“Eu usava o cavalo há vinte anos e o que eu ganhava gastava com o animal e minha família”, disse Antonio Martinez em guarani, a língua indígena do Paraguai. “Para ganhar US$ 10, eu preciso trabalhar 14 horas por dia. Espero ganhar mais com as carroças motorizadas.”
(Foto: Divulgação)
O vereador Hugo Ramirez, que ajudou a organizar o programa, disse que ele foi capaz de fazer um censo de cerca de 800 novas carroças, embora “há muitas outras pessoas que não querem ser registradas.”
Alguns carroceiros já desistiram de seus cavalos para os carrinhos motorizados que podem transportar mais carga e estima-se que mais de 100 cavalos estejam fora das ruas até o final de março, com o programa de trocas. Ramirez disse que espera que os outros cumpram gradualmente com a nova lei.
Funcionários de outros países latino-americanos adotaram programas semelhantes. Bogotá, na Colômbia, proibiu carroças a partir do dia 01 de janeiro depois de oferecer um subsídio para comprar um pequeno caminhão ou iniciar um negócio.
fonte:anda.jor
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