terça-feira, 18 de março de 2014

Coelhos são resgatados após passar vida em laboratório

Bun e Honey em seu novo lar (Foto: Beagle Freedom Project)
Bun e Honey em seu novo lar (Foto: Beagle Freedom Project)
Apesar de existirem alternativas cada vez mais difundidas, os testes em animais ainda são predominantes. De acordo com a Humane Society dos Estados Unidos, mais de 25 milhões de animais vertebrados são usados ​​em pesquisas, em testes e na educação no país a cada ano.
Entre esses 25 milhões, aproximadamente 200 mil são coelhos, segundo informações do Departamento de Agropecuária e do Serviço de Inspeção de Saúde. As informações são do One Green Planet.
A maioria dos coelhos é usada em testes de toxicidade, como aqueles que verificam irritabilidade nos olhos e na pele nos quais “o coelho é colocado em equipamentos que imobilizam todo o seu corpo para prevenir que ele toque nas feridas provocadas em seus olhos e sua pele”, de acordo com relatórios da Sociedade Americana Anti-Vivisecção (AAVS).
Coelhos também são usados em testes de pirogenicidade – a capacidade de um produto em induzir a febre, e para testes de embriotoxicidade, que pretendem determinar “o perigo que um produto causará em uma fêmea grávida”, explica a AAVS.
(Foto: Beagle Freedom Project)
(Foto: Beagle Freedom Project)
Já é de conhecimento público que animais explorados em laboratórios não recebem nenhum gesto de bondade por parte dos manipuladores. A AAVS declara que o ambiente de um laboratório é “particularmente nocivo para os coelhos, causando grande estresse, enfraquecendo o sistema imunológico e tornando-os mais propensos a doenças”. Além disso, estes animais raramente saem de suas gaiolas, exceto para procedimentos de testes.
O Beagle Freedom Project, um programa de resgate e adoção que atua em conjunto com a ONG Animal Rescue, Media and Education (ARME) de Los Angeles, na Califórnia, salva e cuida de muitos coelhos de laboratório há alguns anos através de acordos de “aposentadoria” firmados com as empresas.
Kevin Chase, diretor de operações do Beagle Freedom Project, disse ao One Green Planet que eles enviam cartas a todas as empresas americanas que ainda usam animais para testes, pedindo que elas liberem esses animais após terminarem as suas pesquisas para permitir que eles sejam encaminhados para adoção.
Foi esse tipo de acordo que possibilitou o resgate dos coelhos Bun e Honey pela organização. Eles são dois dos oito coelhos que o projeto salvou nos últimos 18 meses.
Não se sabe muito sobre o tipo de experiências a que Bun e Honey foram submetidos (os laboratórios raramente divulgam esta informação), mas o Beagle Freedom afirma que eles vieram de uma instalação em uma propriedade privada no norte da Califórnia, onde ficavam alojados em uma sala sem janelas e viviam “individualmente em gaiolas de aço inoxidável e bebedouros de água a conta gotas”.
(Foto: Beagle Freedom Project)
(Foto: Beagle Freedom Project)
Quando indagados se era permitido aos animais qualquer exercício fora das gaiolas, a resposta foi “não”, disse a presidente e fundadora do Beagle Freedom Project, Shannon Keith. Inicialmente, os coelhos se comportaram de maneira tímida e eram cautelosos com os seres humanos.
“Uma vez colocados ao ar livre no centro de resgate em Los Angeles, eles cautelosamente exploraram o seu novo ambiente quando não havia pessoas ao redor. Se um voluntário estava por perto, eles se escondiam em um recinto construído para a sua privacidade”, afirmou Keith. Não muito tempo depois de sua chegada, a equipe descobriu que o corpo de Honey estava “cheio de tumores” e por isso “grosseiramente grande”, fazendo-a ter problemas de mobilidade.
A coelha foi prontamente tratada por veterinários. “À medida que as semanas se passaram, os coelhos acostumaram-se com a interação humana e começaram a reconhecê-la como segura e gratificante, pois as pessoas sempre vinham com coentro, salsa, cenouras e outros vegetais. Eles amavam a sua comida”, contou Keith.
Keith também relata que Honey tem agora uma boa qualidade de vida, e que adora “deitar-se na área aberta, ao ar livre, e desfrutar do sol”.
Bun e Honey nunca mais ficarão confinados em gaiolas pequenas e estéreis, e não mais serão forçados a encarar a dor e o sofrimento em nome da ciência. Eles estão finalmente livres – livres para brincar, descansar e sentir o chão, a grama e o sol até o fim de seus dias.
Mas uma infinidade de outros animais não tiveram esta oportunidade, e estão passando por situações terríveis nesse exato momento. Assine a petição contra o uso de animais em testes de cosméticos nos Estados Unidos. Para mais informações sobre o Beagle Freedom Project visite o site do projeto e a sua página no Facebook .
Fonte:anda.jor

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