Os tutores de animais muitas vezes precisam optar entre sacrificar ou não o animal, quando ele está velho ou com problemas de saúde. Uma resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária determina que os procedimentos para a eutanásia sejam indolores. Ainda assim, a maioria das pessoas opta por não sacrificar os animais.
“Antigamente, existia eutanásia inclusive por afogamento, existem alguns livros que relatam isso. Hoje a eutanásia é feita através de anestesia geral, então o animal entra em uma dormência, em um sono, e aí sim se faz o resto dos medicamentos para que o coração pare, ou seja, não existe sofrimento mais na eutanásia”, explicou o médico veterinário Antônio Osio Neto, que já teve que sacrificar o seu cachorro que estava com câncer nos ossos.
Em alguns casos, o sacrifício dos animais é a opção para abreviar o sofrimento, mas nem todos os tutores conseguem tomar essa decisão. Em São Carlos (SP), a enfermeira Juliana Henrique, por exemplo, tem uma gata persa de 14 anos, que está internada com insuficiência renal e comprometimento de vários órgãos. “Eu opto por não fazer e esperar até o último momento, quando não tiver mais jeito mesmo”, disse.
A pedagoga Patrícia Moreira passou por momentos difíceis quando seus cachorros Bartô, da raça Cocker, e a Poodle Lindinha ficaram doentes. A opção para acabar com a dor dos animais era a eutanásia, mas ela preferiu não fazer. “É uma decisão difícil porque exige muito da gente, então temos que ficar ali o máximo que a gente pode, mas eu e minha família toda não conseguimos fazer isso”, contou a pedagoga.
Segundo o diretor do Departamento de Defesa e Controle Animal de São Carlos (SP), Gilverson Morais, o bem estar do animal deve ser levado em conta no momento de optar pela eutanásia. “É uma decisão do médico veterinário juntamente com o tutor do animal, que deve ser tomada com o consentimento de ambas as partes. Tem que chegar nesse consenso do que é melhor para o animal”, afirmou Morais.
Assista à reportagem aqui.
Fonte: G1
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