terça-feira, 27 de novembro de 2012

Cresce pesca de tubarões no litoral de Recife e região metropolitana



Por Robson Fernando de Souza (da Redação)
Tubarão cabeça-chata pescado em Paulista (PE). Foto: Foto: Luiz Fabiano/NE10
Nas últimas semanas, uma escalada de pesca de tubarões em Recife e região metropolitana vem figurando na mídia.Desde o último dia 10, tendo sido no último domingo o caso mais recente, tubarões vêm sendo vistos muito próximos da costa e mortos por pescadores.
Geralmente os animais vêm sendo mortos para virar carne, com o pretexto da “segurança dos banhistas” servindo como pano de fundo. Teoriza-se que os animais podem estar buscando um novo habitat, em área muito próxima aonde os humanos frequentam, e que a pesca predatória, a matar os peixes que os tubarões iriam comer, está provocando essa migração.
Acrescente-se que se atribui ao desmatamento do estuário do Rio Ipojuca, pela construção e expansão do Porto de Suape, e à atracação de navios lá a ocorrência, desde a década de 90, de ataques de tubarão contra banhistas e surfistas.
A interação entre humanos e tubarões no litoral do Grande Recife tem sido uma tragédia de mão dupla, com ferimentos graves e mortes para os dois lados. Humanos ferem e matam tubarões, tubarões ferem e matam humanos. Enquanto isso, falta uma política pública para remediar o desequilíbrio ecológico que tem deslocado os tubarões de seu habitat original para uma posição que ameaça a vida de indivíduos de ambas as espécies.
Pelo contrário, o governo continua enrolando a opinião pública enquanto desmata o mangue e as restingas do já irreversivelmente danificado estuário do Rio Ipojuca (onde está localizado o Porto de Suape) e constrói a maior usina de energia suja do mundo, uma enorme termelétrica movida a óleo combustível.
Nessas horas, faz-se necessário que ativistas pelos Direitos Animais e ambientalistas se juntem, para que haja uma solução definitiva que literalmente sele a paz entre tubarões e humanos e interrompa a escalada de sofrimento e mortes que vem acometendo ambos os lados.
fonte: .anda

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