sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Voluntários acolhem animais vulneráveis em Sumaré, no interior de SP

Foto: Divulgação

Fundada em 2002, uma ONG (Organização Não Governamental) supre, atualmente, a falta de uma estrutura pública para resgate de cães e gatos em risco em Sumaré, SP. Ela aposta em uma maneira diferente de cuidar destes animais abandonados e vítimas de maus-tratos.
A entidade não possui sede própria e depende do engajamento de oito voluntários fixos, que abrigam os animais em casa e os recuperam antes de disponibilizá-los para a adoção.
A prefeitura não possui um sistema completo de adoção atualmente.”Não somos suficientes em número de voluntários para assumir a demanda do município. Por essa razão, trabalhamos com a conscientização da população sobre castração e posse responsável. Temos uma campanha permanente de castração a preço reduzido em parceria com clínicas veterinárias de Sumaré, mas não basta”, enfatiza a conselheira da ONG, Maria Conceição Muniz Suguihara.
O processo de recuperação envolve atendimento veterinário, alimentação, vermifugação, socialização e castração.
“Cada animal demanda um tipo de cuidado, muitos passam por cirurgias de amputação e outros tantos carecem de atendimento individualizado e permanente, o que dificulta ou inviabiliza o processo de adoção. Muitos animais jamais serão adotados, seja pela deficiência, seja pela aparência, seja pela idade. Os filhotes têm maior chance”, explica.
Atualmente, a Viralatinhas de Sumaré ampara 86 animais, entre cães e gatos. O processo de adoção acontece através de feiras semanais e anúncios no site.
CCZ
O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Sumaré se atém a recolher bichos com potencial de causar riscos à saúde pública. A ONG acolhe os animais apenas em casos de clara debilitação.
Denúncias
A Viralatinhas recebe, em média, de oito a 12 denúncias por semana e espera conseguir a implementação de um telefone 0800 junto à Secretaria de Meio Ambiente de Sumaré para orientar a população sobre posse responsável e prestar informações diversas. A ideia sempre esbarrou em falta de previsão orçamentária.
Em 8 de dezembro, no entanto, a 1ª Conferência Municipal de Proteção e Defesa de Animais, promovida pela prefeitura e realizada na sede da Câmara, discutirá políticas públicas voltadas à causa e definirá os membros do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais.

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