Custer é um cão terapeuta que visitou e confortou vítimas traumatizadas após o Furacão Katrina. Foto: Huffington Post / Robert Kaufmann – FEMA
Por todo o mundo circulam fotos da destruição que o furacão Sandy infligiu na costa leste do Estados Unidos, particularmente em Nova Iorque e Nova Jersey. A partir dos primeiros avisos do desastre, equipes de salvamento de todo o país têm trabalhado diligentemente em esforços de resgate e recuperação.
Essas equipes incluem um número de cães e seus orientadores, muitos sendo integrantes do programa chamado “SAR” (Search and Rescue Dogs, que é uma Força-tarefa da FEMA, a Agência Federal de Gestão de Emergências), e outros grupos voluntários independentes, dentre eles a ONG Search Dog Foundation.
Os cães da SAR/Fema e de outros grupos voluntários vêm trabalhando em situações semelhantes há muito tempo. O trabalho desses animais nas operações de busca de vítimas das grandes tragédias é tão importante que leva a crer que, sem eles, esses resgates de grandes proporções não seriam possíveis.
E os Estados Unidos, além de ser o país que tem a maior quantidade de cães altamente qualificados para resgate, também não se cansam de reconhecer o trabalho desses cães e de prestar homenagens.
A escritora de best sellers Lisa Rogak pesquisou cães da Search and Rescue Dogs para o seu novo livro chamado “Dogs of Courage: The Heroism and Heart of Working Dogs Around the World” (o título significa: “Cães de Coragem: o heroísmo e a doação de cães de resgate ao redor do mundo”).
Os policiais e bombeiros dos EUA possuem unidades com cães treinadas em funções básicas de busca, como a detecção de drogas ou bombas, mas quando o desastre é em maior escala – como na sequência de um furacão ou um terremoto – as organizações de resgate locais chamam a FEMA, que tem uma rede de grupos de trabalho com cães altamente treinados e manipuladores de equipes de todo o país, que podem abandonar tudo e partir para ajudar.
Antes de serem certificados na FEMA, o cão e o condutor passam por uma série de testes que incluem habilidades de obediência básica e agilidade. O cão deve provar que ele é capaz de superar obstáculos diversos que imitam o que é frequentemente encontrado em locais de desastres urbanos: caminhar sobre escombros e destroços de construção normalmente instáveis, subir uma escada de oito metros de altura colocada em um ângulo de 45 graus, andar através de uma tábua estreita situada até oito metros acima do chão, rastejar um túnel escuro onde a saída não é visível, e caminhar sobre detritos.
É um teste difícil tanto para os humanos quanto para os cães, e após o cão ser aprovado nos testes, ele passa por um treinamento intenso de um a três anos, até obter a certificação.
Na verdade, independente de quaisquer testes e certificações, a espécie canina deve ser reconhecida como portadora de uma índole de doação e lealdade para com o ser humano, de modo geral. Qualquer pessoa que teve contato com cães durante a sua vida pode perceber isto. Há algo intrínseco à natureza do cão, que lhe confere esta facilidade para o trabalho de ajuda.
Se é fato que o uso de cães em operações como estas é um tipo de exploração, por outro lado, o reconhecimento do valor deste trabalho feito por eles pode ser extrapolado a uma gratidão que o ser humano deve ter para com todos os cães, em todo o mundo. Esse seria um bom começo – a partir do reconhecimento de tamanha abnegação e entrega – para que os humanos passassem a lutar fortemente contra os maus-tratos e abandono aos quais os cães ainda são submetidos.
Seguem algumas fotos dos cães aos quais se refere Lisa, mostrando a bravura e a coragem destes animais que trabalham para salvar vidas e não hesitam em lançar-se diretamente à frente dos problemas.
fonte: anda
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