Um restaurante em Albany (Nova Iorque) chamado Dave’s Pizza and Burger está servindo um hambúrguer feito de carne de leão. O prato, que custava 75 dólares, foi remarcado para 20 dólares. As informações são da Care2.
Populações de leões são tão ameaçadas que organizações como a Born Free, da Humane Society dos Estados Unidos (HSUS), entre outras, estão trabalhando para adicioná-los à lista de espécies ameaçadas de extinção, alertando que o fim da espécie é “um perigo iminente”. Relatórios da Born Free contam que restam menos de 40 mil leões em estado selvagem no mundo.
O Presidente da HSUS, Wayne Pacelle, publicou na Care2 que a população de leões africanos tem diminuído a cada ano, com estimativas de que haja um total de apenas 23 mil leões em toda a África.
Há muitas razões para o declínio. Um deles é a perda de habitat, e outra é a diminuição das populações de espécies de presas. A caça esportiva é outro problema sério, e os Estados Unidos são o maior importador de partes de corpo de leão como “troféus”.
Mas ainda há mais. A carne de leão no menu do restaurante de Dave pode ter origem a partir de leões criados em cativeiro, alguns dos quais vindos de jardins zoológicos, circos, operações de caça ou de propriedade privada. O consumo da carne dos indivíduos desta população levanta essa outra questão, ou seja, após vidas sofridas, longe de seu habitat e separados de seus grupos e familiares, sendo explorados em zoológicos, circos, ou confinados em cativeiros de propriedades privadas, os leões são mortos cruelmente e sem nenhum critério, de forma clandestina, para servir de alimento a humanos.
Esta não é a primeira vez que há notícias de um restaurante americano servindo leões. Em janeiro de 2011 a ANDA publicou uma matéria sobre um restaurante do Arizona que lançou um prato com carne de leão como estratégia publicitária. Em agosto deste ano, um restaurante do Kansas planejou servir carne de leão como parte do menu, mas uma petição da Care2 colheu 11 mil assinaturas e fez com que o estabelecimento interrompesse a execução do plano. A reincidência da oferta de carne de leão em restaurantes nos Estados Unidos acende um alerta.
Assine esta petição para que esse restaurante também retire a carne de leão de seu menu.
Todas as espécies têm direito à vida
“O consumo de carne de animais que não eram habitualmente mortos para o consumo humano tem sido extrapolado nos últimos anos. De animais domésticos em países da Ásia, a cavalos nos Estados Unidos e agora animais silvestres e selvagens por todo o mundo – é como se o ser humano não estivesse satisfeito em massacrar os bovinos, suínos e aves há milênios.
Com o avanço da consciência da humanidade na atualidade do século XXI e com a imensa gama de opções de alimentos vegetais e livres da crueldade a que se tem acesso hoje, o movimento esperado seria o de recusa a se alimentar de qualquer tipo de carne, mas o que assistimos é um retrocesso, uma espécie de volta à Pré-História.
É abominável que qualquer ser senciente morra para servir de alimento ao ser humano, e o fato de já haver bilhões de animais criados especialmente para consumo humano sendo torturados e mortos por ano não diminui a gravidade do fato das pessoas estarem buscando ainda outros tipos de animais – sobretudo em extinção – para lhes servir de alimento.
A questão deveria ser outra. Ao invés das pessoas se perguntarem “por que se espantar com o consumo de carne de leões se tantos outros animais morrem todos os dias para servir de alimento”, deveriam fazer a seguinte reflexão: “se a sociedade se choca ao ver notícias de consumo de carne de cães, gatos, cavalos ou leões, por que não começar a pensar na crueldade do consumo de bovinos, ovinos e aves, que sentem a mesma dor e têm o mesmo direito à vida?”
Muitas vezes a sociedade parece querer justificar o consumo de qualquer espécie de animal no fato de que algumas espécies são tradicionalmente consumidas, e repousam nisso a sua inércia em fazer algo para mudar essa ordem.
É justamente essa insensibilidade com relação à morte de espécies cujo propósito de vida é visto como unicamente utilitário para a alimentação humana que corre o risco de fazer parecer natural, dentro de pouco tempo, o consumo de quaisquer outras espécies.”
fonte: anda
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