Desde 2004 os testes em animais para cosméticos e produtos de higiene estão proibidos na União Europeia. Há muito tempo as organizações de defesa dos direitos animais lutam para acabar totalmente com a experimentação em seres vivos, mas temem que em 2013 a diretiva sobre cosméticos da União Europeia possa não vigorar, já que supostamente não haverá disponibilidade total de métodos alternativos válidos. As informações são do jornal espanhol La Razón.
“Fazemos parte da Aliança Europeia para o Fim dos Experimentos com Animais, organização que está coletando assinaturas contra os testes. Já foram enviadas 250.000 assinaturas ao Parlamento Europeu. É lamentável que após 20 anos os experimentos animais prossigam por interesse de alguns, não apenas empresas de cosméticos como a Procter e Gamble, que é uma multinacional, mas pelos fornecedores industriais de animais, que são os mais interessados.É vergonhoso que a União Européia continue adiando o fim definitivo destes teste por lobby” Diz Carmen Méndez, presidente da Associação Nacional para a Defesa dos Animais.
Méndez vai além: “Além de denunciar o sofrimento dos animais durante os testes aos quais são submetidos, isso demonstra que são utilizados ingredientes arriscados para os produtos cosméticos e de higiene. Avaliar um creme, por exemplo, em animais não será garantia de que o mesmo não provocará reações alérgicas até que seja provado por um humano. Sempre existe esse risco, por mais testes que sejam realizados em animais.”
Há mais de 10.000 ingredientes testados para cosméticos que não requerem novos testes. O maior problema é o segredo industrial. Alberto Díez, porta voz da Associação para Defesa do Direito Animal (ADDA), diz que o Eurogroup for Animals, entidade com a qual trabalha, foi calculado que se pode reduzir 29% do número de animais em experimentação com um esquema apropriado, ágil e público, onde prima a cooperação entre as empresas frente ao segredo industrial.
Busca de alternativas
Díez lembra que por mais que o setor tenha avançado na busca de alternativas, os experimentos deveriam ter sido proibidos em 2004. Ainda assim, é positivo em relação ao final dos testes. ” Cedo ou tarde, os testes serão proibidos na União Europeia. O problema é como evitar a importação de cosméticos testados, tanto no produto final como nos ingredientes. Acarretará um grande esforço nas alfândegas, difícil de conseguir.” Mesmo assim, acrescentou a dificuldade atual para saber quando uma empresa adquire ingredientes testados de terceiros.
fonte: anda
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