Peixes foram encontrados mortos em lago (Foto: Reprodução/TVCA)
Centenas de peixes de várias espécies e tamanhos foram encontrados mortos no Lago de Fora, que fica em uma área de preservação ambiental permanente, em Porto Alegre do Norte, a 1.143 quilômetros de Cuiabá, na região Araguaia. Os moradores avaliam que a mortandade deve ter ocorrido devido os agrotóxicos das lavouras. No entanto, um especialista da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema) afirmou que em outros lagos que ocorreu o mesmo problema há indícios de que se trata de um fenômeno natural.
“Para mim essa fatalidade é um caos ambiental”, disse Luis Cláudio da Silva, que integra a Pastoral da Terra, da Igreja Católica. Segundo ele, o lago fica perto de uma plantação de soja e os agrotóxicos usados na lavoura podem ter provocado a morte dos peixes. “Uma das hipóteses é o veneno das lavouras que existem nas proximidades do lago e essa grande quantidade de veneno borrifado de avião ter caído na água”, avaliou.
A Sema informou que ainda não foi notificada oficialmente sobre o caso ocorrido em Porto Alegre do Norte, mas disse que está investigando desde o mês passado a morte de peixes em cinco lagos que ficam no Parque Estadual do Araguaia.
Para o coordenador de Unidade de Conservação do órgão, Alexandre Batistela, uma das possibilidades é a quantidade de matéria orgânica levada pelas enxurradas para rios e lagos. “É muito provável nos casos do Parque Estadual do Araguaia, onde já estamos fazendo esse monitoramento, que seja um fenômeno natural, provocado numa ampliação maior por uma ação antrópica, porque teve um incêndio no Parque do Araguaia e perdemos quase 80% dele”, pontuou.
De acordo com o procurador de Justiça, Luiz Scalope, a legislação é rígida em relação a isso. “Há previsão de penas criminais, administrativas e civis sobre isso, porque ele é tóxico, danoso à saúde e muito problemático. O pior é que vai produzindo em alguns lugares, acumulando, e só se percebe o dano depois que ele causou”, disse, acerca dos agrotóxicos usados nas plantações.
Fonte: G1
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