sexta-feira, 13 de abril de 2012

Comportamento animal pode ajudar a perceber os humanos


Cientistas portugueses apresentam estudos no 9.º Congresso de Etologia

Nos últimos anos “tem havido maior cuidado na manutenção de animais em cativeiro"






























Um trabalho desenvolvido por cientistas de várias áreas, da vai estar em análise no 9.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Etologia, que se inicia hoje, em Lisboa.

O estudo que combina a Fisiologia, Ecologia, Evolução, Psicologia e as Neurociências, dedica-se à compreensão do comportamento dos animais, da forma como comunicam entre si e como se integram no ambiente, para tentar conservar a natureza e perceber melhor o mundo dos humanos.
Rita Ponce, da organização do congresso, que junta o Centro de Biologia Ambiental (CBA) da Universidade de Lisboa e a Sociedade Portuguesa de Etologia, explicou à Agência Lusa que esta ciência estuda o comportamento dos animais e também do homem enquanto animal.

A Etologia “tenta compreender como interagem [os animais] entre si e com o ambiente, envolve a fisiologia do animal, a ecologia da espécie, a relação com os outros animais, as neurociências e a psicologia”, disse a cientista do CBA.

“Compreender o mundo vivo também nos permite compreender-nos a nós próprios, é essencial para o estudo evolutivo e é importante para a conservação da natureza”, defendeu.

Segundo Rita Ponce, nos últimos anos “tem havido maior cuidado na manutenção de animais em cativeiro e isso deve-se muito aos estudos que se fazem sobre as suas necessidades e a forma como aumentar o bem-estar e reduzir o seu stress”, um conhecimento igualmente relevante para a gestão das áreas protegidas, explicou.

Entre os temas a tratar no congresso estão o bem-estar animal, tanto nas áreas protegidas como em cativeiro, e serão apresentados trabalhos sobre comunicação entre peixes, entre pássaros, além de resultados de investigações sobre o comportamento de espécies extintas, mas também estudos acerca do comportamento de crianças.

Durante dois dias, investigadores como Leonel Garcia-Marques, do Centro de Investigação em Psicologia, da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, que trabalha a área da cognição social, ou Étienne Danchin, do Laboratório Évolution et Diversité Biologique (evolução e diversidade biológica), da Universidade Paul Sabatier de Toulouse (França), especialista em herança genética, apresentam os seus estudos.

Juan Carlos Senar, do Evolutionary and Behavioural Ecology Research Unit (Unidade de investigação em ecologia da evolução e comportamento), do Museu de História Natural de Barcelona, que estuda a evolução da coloração da plumagem de aves, e Susana Lima, do programa de Neurociência da Fundação Champalimaud, que analisa o comportamento sexual das fêmeas, são investigadores também presentes no congresso.
cienciahoje

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