Por Irina Iglesias
Às quatro da tarde, hora marcada para a manifestação contra os «toros de fuego», apenas meia dúzia de pessoas estavam presentes em frente à Embaixada de Espanha, em Lisboa.
Dos 400 confirmados na rede social Facebook, ferramenta usada para difundir a mensagem, a organização esperava apenas 20, mas foram surpreendidos com 60 aderentes.
«Faz falta uma maior adesão de todos os quadrantes, porque existem mais pessoas sensibilizadas a esta causa mas que não mostram o seu ponto de vista», comentou António, cidadão espanhol de 27 anos, residente em Portugal há ano e meio, que ficou a saber do evento através de amigos.
Geralmente com o apoio da Associação Animal e do Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN), a manifestação em Lisboa, independente, anti-partidária e silenciosa, consistia unicamente em passar a mensagem principal da causa: acabar com uma tradição que não é mais do que crueldade para com os animais.
Nos «toros de fuego», oriundos de Valência, são colocadas bolas inflamáveis em chamas nos cornos do animal e continua a ser uma prática corrente na Catalunha, apesar das proibições das touradas de morte, pois, alegadamente, nesta prática o touro não morre durante o espectáculo.
Inserido no movimento «World Event to End Animal Cruelty» (WEEAC), esta iniciativa a nível mundial acontece em simultâneo em vários países e consiste na concentração de pessoas junto das embaixadas de Espanha nos países aderentes. Em Portugal, as manifestações aconteceram em Lisboa e no Porto e fugiram do estereótipo «vegan» que regularmente predomina nas acções contra a tauromaquia, juntando pessoas de várias idades com hábitos alimentares variados (vegetarianos ou omnívoros).
(Fotos: Miguel Nunes/ASF)
fonte:http://www.abola.pt/mundos
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