Proposta recebe elogios da Aspan por proteção aos direitos dos animais. Matéria deve ser votada em um mês
Animais em situação de rua e a população mais carente de Goiânia, que tem animais em casa, poderão contar com um Hospital Veterinário Municipal que irá oferecer serviços gratuitos de atendimento médico aos bichos. Essa é a intenção de um projeto apresentado na Câmara Municipal de Goiânia pela vereadora Cida Garcêz (PV). A matéria foi lida em plenário no dia 16 e agora está em análise nas comissões permanentes da Casa e também é avaliada na Procuradoria Jurídica. “Acreditamos que o projeto volte ao plenário para primeira votação em no máximo um mês”, espera a vereadora.
Pelo projeto de lei, o município estaria autorizado a criar um hospital veterinário para atender animais de pequeno, médio e grande porte, atendimento gratuito e funcionamento 24 horas. A finalidade com do serviço é prestar socorro aos animais acidentados, doentes ou abandonados em locais públicos, como também, caso haja necessidade, para internação dos mesmos.
Dentro da proposta de criação do hospital também está incluso que o serviço de pronto-socorro seja composto de viaturas, central telefônica e equipe plantonista composta por médico veterinário, auxiliar veterinário e motorista. “A intenção com esse projeto é oferecer segurança ao cidadão e também defender os direitos dos animais, já que os animais abandonados nas ruas podem contribuir para acidentes graves de trânsito”, explica Cida Garcêz.
A presidente da Associação Protetora e Amiga dos Animais (Aspan), Lessandra Maione, é uma das entusiastas do projeto e diz que espera que os demais vereadores aprovem a matéria. Segunda ela, a ideia de criação do hospital é essencial para a realidade que Goiânia vive, com uma grande procriação de animais nas rua. Além disso, segundo Lessandra, a associação tem uma grande demanda da população carente.
“Hoje, qualquer serviço em uma clínica particular veterinária está muito caro. Uma simples esterilização pode custar mais de R$ 300, e isso é inviável para uma família carente que tem vários animais na residência e quer evitar a procriação”, diz a presidente da Aspan. Sem condições para o pagamento desses tratamentos, muitas das famílias, que não conseguem acesso ao serviço, acabam abandonando os animais na rua, quando há uma cria. “Isso só agrava ainda mais a situação”, afirma Lessandra.
Além da questão da procriação, Lessandra ressalta outras situações que poderiam ser amenizadas com a criação do hospital, como evitar epidemias, oferecendo tratamentos e vacinas para os bichos de rua. “Muita gente quando vê um animal acidentado ou doente fica interessada em ajudar, em ser solidária com o bicho, mas não tem subsídio para tal ação. Vai levar o animal pra onde?” questiona a presidente, ressaltando mais uma vez que a pessoa não vai socorrer o bicho e arcar com um serviço caro em clínicas particulares.
“A aprovação do projeto da Cida e a consequente construção do hospital é um ganho na proteção dos animais, é um sonho. Acredito até que pode haver muitos veterinários que aceitariam atuar na unidade de forma voluntária. Têm muitos profissionais que querem trabalhar, contribuir com a melhoria de vida dos animais, mas não têm espaço físico para isso”, sublinha Lessandra.
Custos
A Aspan desenvolve o trabalho de recuperação de animais que sofrem os mais diversos tipos de maus-tratos ou que estão em sofrimento. Segundo a presidente da entidade, hoje o trabalho da entidade é limitado justamente porque ela depende de muitas doações e o espaço físico não permite abrigar um número maior dos que os 150 animais que já recebem assistência. Em dez anos foram doados mais de 5 mil animais que chegaram ao local com as mais diversas necessidades.
E ajudar tantos animais assim tem um custo. Segundo Lessandra, a Aspan gasta mensalmente cerca de R$ 4 mil com os tratamentos e os mais diversos atendimentos. “Isso ainda é um baixo custo, já que recebemos muitas doações e muitos dos nossos parceiros cobram valores simbólicos para os tratamentos. “Se esse hospital for criado ou Goiânia tiver um serviço de maior assistência aos animais, acredito que poderíamos economizar entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil”, pontua a presidente. (Da Assessoria)
fonte:http://dm.com.br
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