domingo, 1 de abril de 2012


Tiririca, César Halum e coordenador da Funarte defendem exploração de animais em circos


A dor de uma animal explorado pelo circo é visível. Foto: divulgação
Mesmo sendo uma tendência mundial a abolição da exploração de animais em circos, ainda há hoje pessoas de importância política defendendo que essa violência por trás do picadeiro continue. Entre essas autoridades, estão os deputados federais Tiririca (PR/SP) e César Halum (PSD/TO) e o coordenador da área de circo da Fundação Nacional de Artes, Marcos Teixeira.
As justificativas dadas pelos três para defender tal posição são evidentemente inconsistentes e incompatíveis. Tiririca, que já foi dono de circo no passado, afirma que “muitos circos tratam bem os animais”, embora diga reconhecer que em “alguns” casos há maus tratos óbvios. Ele defende não a libertação dos escravos de circos, mas a mera regulamentação, por exigências questionáveis como “o tamanho da jaula para cada animal”, e diz que “em pequenas cidades onde não há zoológico, o circo é o único lugar em que as pessoas podem ter contato com alguns tipos de animais”, como se fosse uma necessidade alguém estar perto de animais de ecossistemas estrangeiros e que deveriam estar livres.
Já César Halum fala: “Eu entendo que o circo sem a presença do animal perde toda a sua atração. As pessoas no Brasil vão ao circo para ver os animais. Eles são o atrativo maior e eles devem ser respeitados na sua integridade física, mas não serem impedidos de trabalhar.” Mas não pensa se os animais realmente querem ou não “trabalhar”, nem aceita o sucesso de circos que não exploram animais – a exemplo do Cirque du Soleil e o Circo Popular do Brasil. E além de deixar a entender que os circos que atuam nos estados que proíbem a exploração de animais em espetáculos seriam todos carentes de atratividade, ainda discrimina toda a sorte de profissionais que atuam no picadeiro, como os palhaços, os dançarinos, os malabaristas e os acrobatas.
Marcos Teixeira, da Funarte, discorda que haja sofrimento na escravidão de animais em circos, e ainda diz que os animais “fazem parte da trupe”, como se eles se apresentassem por vontade livre e espontânea, e não fossem aprisionados e “treinados” mediante tortura. E ainda recorre à falácia de apelo à autoridade ao dizer que “o Ministério da Cultura é favorável à participação de animais no circo”.
Felizmente essa opinião favorável à escravidão animal em circos está diminuindo de poder cada vez mais, e tal exploração está acabando aos poucos no Brasil e no mundo. Isso considerando-se que Alagoas, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Espírito Santo já proíbem números com animais nos circos.
Com informações do Correio do Estado
 (O que sabem sobre ética se a moral é arreganhar os dentes,  distraindo-se com animais torturados fazendo gracinha? O que sabem sobre o amor se a insensibilidade dada pelo poder inerente à política corroeu os corações, onde somente alguns se salvam?Alber)

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