segunda-feira, 16 de abril de 2012

Parque Nacional é criado na Rússia para a preservação de leopardos


Foi criada a “Terra do Leopardo”







(Foto: RIA Novosti)
Na Rússia foi criado mais um parque nacional Terra do Leopardo, situado na parte sudoeste do território de Primorie.
O território do parque abrange mais de 260 mil hectares. Precisamente aí habita o leopardo do Extremo Oriente, um carnívoro raro, que já consta no Livro Vermelho. Na natureza restam na máximo 366 espécimes de leopardo. Na opinião de especialistas, a criação deste parque permitirá triplicar o número de leopardos dentro de uns dez anos.
Nos últimos trinta anos o número de leopardos do Extremo Oriente diminuiu cinqüenta vezes. Atualmente este animal pode ser encontrado somente no território de Primorie, embora em princípios do século passado o seu habitat abrangesse todo o nordeste da China, a península da Coréia e os territórios de Ussuri e de Amur. A fim de proteger os leopardos em 2008, foi criado um sistema único da sua defesa – a área de preservação Leopardovi que uniu os esforços de várias áreas de preservação e do parque nacional Kedrovaia Padh. O parque nacional Terra do leopardo representa continuação do trabalho de criação de um território bem protegido que abranja o habitat deste carnívoro, – revelou à Voz da Rússia Yuri Darman, diretor da filial do Fundo da Natureza Selvagem na região do Amur.
“O parque nacional permite reagir de forma mais flexível a mais diversos problemas. O território do parque foi dividido em zonas, o que permitiu destacar uma zona econômica, em que se pode praticar a agricultura com ajuda de métodos especiais, que não prejudiquem o leopardo. Foi reservada uma grande zona de recreio, onde a população local poderá colher cogumelos, pescar e providenciar lenha. Ao mesmo tempo foi criada mais uma área reservada, – um território complementar de 30 mil hectares que não existia anteriormente. Existe também uma zona de regime especial ao longo da fronteira com a China, de quase 200 quilômetros de extensão. Espera-se que futuramente esta zona permita criar uma reserva natural de ambos os lados da fronteira russo – chinesa.
O orçamento federal destina anualmente 40 milhões de rublos, o equivalente de 1,3 milhões de dólares, para a manutenção da Terra do Leopardo. Além disso, uma importância de quase 500 milhões de rublos, ou seja, 1,67 milhões de dólares, será destinada para o desenvolvimento da sua infra-estrutura. Ao contrario do parque nacional, aí será permitida uma certa intromissão na natureza. Por exemplo, será permitida a criação de ungulados que irão servir na qualidade de alimento para os carnívoros,” – explica Yuri Darman.
A idéia é bastante simples: nos locais de proliferação de fêmeas do leopardo, onde existem covas ou outras condições favoráveis, serão construídas manjedouras. O número de ungulados nestas zonas deve ser estável. Neste caso as fêmeas poderão criar tranquilamente os seus filhotes. Se, por exemplo, nasceram dois, os dois devem sobreviver.
“A fim de tornar a vida dos leopardos ao máximo confortável, é preciso também preservar o seu habitat. Infelizmente, a atividade econômica do homem fez que o sistema ecológico das florestas de Primorie esteja em degradação. Uma das mais importante tarefas do parque nacional será a solução deste problema,” – diz o especialista.
No ano passado já demos início a plantações do cedro coreano e vamos prosseguir nisso neste ano. Espera-se que as plantações de cedro neste território aumentem 70 – 80 hectares por ano.
Não se pode indicar o número exato de leopardos que vivem atualmente no território de Primorie. Neste último inverno houve pouca neve e isso não permitiu fazer o recenseamento. De acordo com os dados de 2007, o seu número era igual a 35. O pessoal do parque nacional Terra do Leopardo espera aumentar a sua população a cem espécimes. Estão certos de que neste caso este animal raro estará fora do perigo.

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