O que aconteceu com os 104 macacos que foram enviados a laboratórios da Harlan, em Corezzana, norte da Itália? E com os outros 900 que foram autorizados a entrar no país? Serão liberados ou não? Estas são perguntas que ainda hoje não têm resposta. Da parte do Harlan Laboratories Inc, em Indianapolis (EUA), onde trabalham três mil funcionários em 12 nações, apenas o silêncio.
O caso está cada vez mais cercado de mistério. A quarentena terminou, mas os macacos ainda não foram liberados, apesar de a imprensa e os protetores estarem se mobilizando para salvar estes animais que, capturados da natureza e trancados em gaiolas, correm o risco de serem submetidos a enormes atrocidades e tortura nos laboratórios em que ainda se realizam anacrônicas experimentações animais.
Mais de um mês após o início da história desses macacos que passariam pelo processo de vivissecção, um silêncio ensurdecedor recaiu, quebrado apenas pela voz incessante dos grupos em defesa direitos animais que querem esclarecimentos a todo o custo. Nenhuma notícia de David Broken, número 1 da Harlan, que assegurou se reunir com Michela Brambilla e prometeu que os animais não seriam enviados a outras companhias farmacêuticas.
A verdade é que sobre os macacos da Harlan ninguém é capaz de dar notícias, apesar de Michela ter formalizado o pedido de tutela dos macacos. Ela se ofereceu até a pagar pelos animais o mesmo preço que o laboratório havia desembolsado, ou seja, 2 mil euros cada um. “A Harlan sequer respondeu e este silêncio preocupa. Todas as promessas feitas pelos políticos até hoje foram em vão. Os macacos não foram comprados nem salvos”, disse.
Serão impostas a esses primatas, tão semelhantes a nós e arrancados de seu ambiente natural, terríveis sofrimentos nas mesas de laboratório da Europa? Ao menos essa resposta conhecemos: se nada for feito por eles, a resposta é um amarguíssimo sim.
anda
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