segunda-feira, 2 de abril de 2012

Especialista alerta sobre riscos de combustíveis fósseis para vida marinha



A oceanógrafa americana Sylvia Earle advertiu, no sábado, para o risco do uso dos combustíveis fósseis para a vida marinha durante sua participação no último dia de debates do Terceiro Fórum Mundial de Desenvolvimento Sustentável, que está sendo realizado em Manaus.
“Estamos sendo negligentes com os oceanos e isso trará graves consequências para todos”, afirmou a exploradora da National Geographic, que considerou que alguns sistemas marítimos necessitarão de vinte anos para conseguir “uma recuperação razoável”.
“Nada voltará a ser como era antes nos mares”, criticou a especialista, que apontou a queima de combustíveis fósseis como a principal causa para a deterioração da vida nos oceanos.
Sylvia alertou, inclusive, para os riscos que o Brasil pode enfrentar durante o processo de exploração da camada do pré-sal. “Existem riscos e possibilidades de derramamentos de petróleo”, enfatizou a oceanógrafa.
Para ela, os próximos dez anos serão “vitais” na tentativa de recuperação e preservação dos sistemas marítimos. “Agora nós sabemos o que não sabíamos há 200 anos e chegamos a um limite no qual podemos ir para um lado ou para outro. Mas qual lado devemos escolher?”, questionou.
Segundo a especialista, a pesca, que utiliza redes, transforma os peixes numa “matéria-prima” a serviço da economia e com isso desaparece o conceito de espécie e meio ambiente.
Já o biólogo Alexandre Turra, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), criticou a falta de políticas públicas para controle dos oceanos.
E o diretor do Programa Marinho da Conservação Internacional, Guilherme Dutra, propôs a criação de um fundo de RS$ 20 milhões para a conservação dos oceanos nos próximos dez anos.

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