A deputada italiana Manuela Repetti e o ex-ministro da Cultura Sandro Bondi redigiram uma carta à Igreja Católica pedindo que a instituição incentive os fiéis a renunciar ao sacrifício de cordeiro em celebração à Páscoa.
Leia, abaixo, a íntegra do apelo, publicado no jornal italiano La Stampa:
Caro diretor,
Com a aproximação da Páscoa e a predisposição dos fiéis em celebrá-la no âmbito da comunidade católica, sentimos a necessidade irreprimível de expressar publicamente, sempre com respeito, um pedido à Igreja.
A comemoração da Páscoa representa, para a fé cristã, a esperança da ressurreição após a morte terrena. Mais ainda, o sacrifício da vida de Jesus para redimir a humanidade do pecado original. Este testemunho de amor, da participação divina nas dores humanas constituem a promessa, graças à fé, de uma vida após a morte.
Tal passagem é representada, do judaísmo ao cristianismo, com o sacrifício de um cordeiro. Mas na verdade, este é apenas um símbolo que não faz parte do corpo doutrinário do cristianismo, que se resume, como a própria Páscoa nos faz lembrar, ao princípio fundamental do amor de Cristo para todos os seres.
No fundo, o cordeiro é o símbolo da ternura extrema, da infinita doçura e da absoluta inocência.
Por este motivo, o rito do sacrifício do cordeiro que a cada ano se celebra em ocasião da Páscoa, e se traduz na morte de milhares e milhares de animais verdadeiramente inocentes apenas para alegrar nossas mesas repletas, se tornou um inútil e horrível massacre.
Estamos confiantes que a Igreja tenha a coragem de convidar seus seguidores a evitar o sacrifício de cordeiros para celebrar a Páscoa. O amor de Deus não se festeja por meio da morte de outro ser vivo. A Igreja se beneficiaria com o valor da fé autêntica, profundamente espiritual e respeitosa a todas as criaturas.
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