domingo, 5 de fevereiro de 2012

Desenvolvimento de novos fármacos: Biochip evita testes em animais


Desenvolvimento de novos fármacos: Biochip evita testes em animais

Uma equipe de investigadores norte-americanos desenvolveu uma
tecnologia capaz de reduzir drasticamente a necessidade de serem
utilizados animais durante os estudos de segurança para o
desenvolvimento de novos fármacos. O novo biochip vai também garantir
a obtenção de resultados mais rigorosos.

Por norma, as experiências relativas à toxicidade das substâncias em
estudo baseiam-se em testes realizados em animais que permitem prever
se um determinado candidato a fármaco é ou não tóxico. Porém, estes
procedimentos são dispendiosos e nem sempre reflectem com precisão a
reacção dos seres humanos às substâncias testadas.

Ao longo dos tempos, têm vindo a crescer os esforços para desenvolver
estratégias que substituam ou minimizem o número de testes em animais
que necessitam de ser realizados durante os ensaios pré-clínicos.
Agora, uma investigação conjunta do Rensselaer Polytechnic Institute,
da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e da Solidus Bioscience,
revela resultados animadores.

"Observámos os problemas com que as empresas se deparam e
apercebemo-nos de que precisávamos de desenvolver algo que tivesse
custos reduzidos, uma taxa de aceitação elevada, que fosse facilmente
automatizado e não envolvesse animais", explicou Jonathan Dordick , um
dos principais responsáveis pela investigação, professor do Rensselaer
Polytechnic Institute e co-fundador da Solidus Biosciences.

O Datachip engloba mais de 1.000 culturas de tecidos tridimensionais
que reflectem a forma como as células se organizam no organismo. O
objectivo é fornecer aos investigadores um sistema de projecção rápido
e que permita prever o potencial de toxicidade de um candidato a
fármaco em vários órgãos do corpo humano.

"Desenvolvemos o MetaChip e o DataChip para lidar com dois dos
assuntos mais importantes que precisam de ser avaliados quando se
analisa a toxicidade de uma substância – o efeitos nas diferentes
células do nosso corpo e a forma como a toxicidade se altera quando a
substância é metabolizada pelo organismo", afirmou o responsável.

A capacidade de um indivíduo para metabolizar uma substância é
determinada pela sua composição genética e pela quantidade de
medicamentos que metabolizam enzimas, determinando o quão tóxico pode
ser um composto para eles. Ao modificar a proporção das enzimas no
MetaChip, os cientistas conseguiram desenvolver chips personalizados
que prevêem a resposta de um paciente a uma determinada substância.
"Ainda estamos longe da medicina personalizada, mas o MetaChip caminha
nessa direcção", salientou Dordick.
















http://www.facebook.com/notes/cadeia-para-quem-maltrata-os-animais

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