Foto: Reprodução/Ecorazzi
Os críticos já foram efusivos em elogiar Luck, a nova atração da HBO criada por David Milch e estrelada por Dustin Hoffman, que expõem o submundo das cruéis corridas de cavalos puros-sangues.
Os telespectadores mais atentos notarão, entretanto, a falta de um episódio piloto, assim como a ausência do tradicional selo da Associação Humanitária Americana (AHA) que certifica que “nenhum animal foi machucado durante as filmagens” da atração. Em vez disso, os episódios apenas atestam que “a Associação Humanitária Americana monitorou a ação dos animais”.
A série está sob investigação depois que dois cavalos quebraram as pernas durante as filmagens e tiveram de ser sacrificados.
Imagem: Divulgação
A PETA foi a primeira organização a tratar do assunto e publicou, no dia 27 de janeiro, um artigo intitulado “Azar para os cavalos de Luck”. O texto observa que enquanto aconteciam as filmagens do episódio piloto, um cavalo sofreu uma grave fratura depois de cair durante uma sequência de corrida e precisou ser sacrificado. Outro cavalo foi morto em episódio posterior.
A HBO contou ao The Observer que a cena em que um cavalo quebra a perna e precisa ser sacrificado não foi feita com o animal que realmente morreu, mas foi realizada usando uma combinação de cavalos explorados e treinados para cinema e CGI (Computer-Generated Imagery, ou seja, computadores criando efeitos, fundos e até personagens). A morte do outro cavalo aconteceu enquanto era filmado o sétimo episódio da série; ambos se feriram durante as cenas de corrida de curta duração e não durante os segmentos acrobáticos.
De acordo com comunicado divulgado à imprensa pela Sociedade Humanitária Americana, também no dia 27, “os cavalos foram avaliados imediatamente pelos veterinários que estavam no set e em cada caso a grave fratura foi considerada como condição inoperante. A decisão mais humanitária foi a eutanásia. Um representante do American Humane animal Certified ™ Safety estava monitorando a ação dos animais dentro do set quando os incidentes ocorreram e observou a avaliação dos veterinários antes que os cavalos corressem. A investigação completa e a necropsia será realizada para os dois casos.
A Sociedade Humanitária Americana está profundamente chateada com as mortes destes dois maravilhosos animais. Proteger o bem-estar animal não é apenas nossa missão, mas é a paixão de cada um de nós que trabalha neste projeto. Por causa desses acidentes, os dois episódios em questão não levam a certificação total ‘nenhum animal foi prejudicado’.
A partir daí, porém, a HBO trabalhou conosco para desenvolver salvaguarda adicional e a certificação foi dada ao show.”
A HBO, por sua vez, mandou o seguinte e-mail ao The Observer: “Após o segundo acidente, a produção suspendeu as filmagens e passou a trabalhar com a Associação Humanitária Americana e especialistas para adotar protocolos específicos para as sequências com corridas de cavalo. As diretrizes incluídas não se limitaram à contratação de um veterinário adicional e radiografia das pernas de todos os cavalos utilizados na filmagem. A HBO adotou todas as normas de segurança da AHA antes de retomar a produção.”
Kathy Guillermo, vice-presidente da PETA, disse que a organização está em contato com a HBO, embora o artigo publicado no dia 27 de janeiro diga que os esforços para falar com David Milch, criador da série, haviam sido em vão. A PETA está exigindo os nomes dos cavalos mortos, bem como seus antecedentes. Mas uma fonte da HBO afirmou que os nomes e o resultado da autópsia são informações privilegiadas que não serão divulgadas.
fonte: anda
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