Editorial: Vítimas em potencial
Tanta gente querendo filho e aqueles que os têm, simplesmente tratam pior que animais. Um absurdo que isso ainda aconteça na sociedade, e mais triste saber que existem casos ainda piores, como estupro em família, abuso sexual e moral e outras práticas hediondas que deveriam levar os agressores à pena máxima na cadeia. Infelizmente, isso acontece cada vez mais, simplesmente porque as nossas leis são muito fracas, só servem para mandar ladrão de galinha pra cadeia. Repetimos inúmeras vezes neste espaço, que somente existe violência, porque não se pune. Se o agressor ou qualquer bandido que fosse, tivesse um pingo de medo das sanções aplicadas em caso de atos ilícitos, com certeza ele pensaria duas vezes antes de praticar qualquer besteira. O que se faz, hoje, mesmo sabendo que o sujeito é o agressor, é ouvi-lo e deixar o inquérito correr. Enquanto isso o sujeito volta para casa e comete muitos outros atos que colocam indefesos em condição de vítimas. As crianças são as maiores vítimas, pois têm medo e quase nunca denunciam. É preciso que o adulto, e nem precisa ser parente, fique de olho e ao perceber qualquer ato estranho, mesmo que na casa do vizinho, denuncie à polícia, que tem obrigação de investigar. Não se pode é ficar calado diante de uma situação de violência, em que figura como vítima, crianças inocentes. Isso é demais para qualquer cidadão aguentar. Dia desses alguns vizinhos de uma família no Rio de Janeiro garantiram a integridade de algumas crianças que vinham sendo maltratadas pela mãe e o padrasto. Dois menores foram colocados para fora de casa, literalmente. Abandonados, eles viviam nos fundos da casa, um embaixo do pé de manga e a outra num galinheiro. Comida, só restos. Claro que não iam mais à escola e viviam alheias ao mundo lá fora. Bastou uma denúncia para que o casal fosse colocado atrás das grades e os menores recebessem o atendimento necessário. A autoridade policial alertou para os problemas envolvendo menores e ainda pediu que todos fiquem sempre de olhos muito bem abertos e, ao menor sinal de qualquer constrangimento em relação aos mesmos, que seja denunciado. Os adultos podem, sim, garantir a integridade dos menores, mesmo que não sejam seus filhos. Fique de olho.
Fiquem de olho e denunciem qualquer irregular tratamento dado a crianças e animais, também aos de terceira idade - os considerados mais fracos.
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