terça-feira, 3 de janeiro de 2012

'Encantador', Cesar Milan põe cachorros no divã



Autor prega a necessidade de resgatar a energia natural dos bichos com exercícios, disciplina e afeto
FABIANO ALCÂNTARA
agência bom dia

Estrela da TV a cabo, o mexicano Cesar Milan costuma dizer que reabilita cães e treina donos de animais e que a maioria dos bichos de sem-teto costuma ser mais feliz que cachorros mimados, tratados como gente. Atualmente em sua vigésima edição, o livro homônimo do programa exibido pelo Animal Planet “O Encantador de Cães” (Verus Editora, 266 páginas, R$ 29,90) é um introdução para a filosofia de Cesar, baseada na premissa de resgatar a conexão entre os bichos e a Mãe Natureza. Pode parecer papo de bicho-grilo, mas funciona. Basicamente, ele defende que cães obedecem á lógica da matilha, quando passam até dez horas percorrendo 15 quilômetros diariamente em busca de comida, e que necessitam de exercícios, disciplina e carinho, nesta ordem. Confira alguma dicas que podem servir para todos os donos ou aficionados por cachorros. Energia calma e assertiva - Na lógica da matilha, não há espaço para medos, dúvidas e incertezas. Só há duas opções, liderar ou seguir. Se você deixa seu cachorro pular em você, se ele late para pedir comida e vai na frente quando vocês passeiam, ele está exercendo o papel de líder. É preciso projetar uma energia calma e assertiva para fazê-lo assumir o papel de seguidor e se tonar mais descontraído e receptivo. Um cachorro calmo põe as orelhas pra trás e balança o rabo. Tem que malhar, tem que suar, vamos lá - De nada adianta você ter um quintal grande e deixar de lado os passeios com seu amigo. Seu cachorro foi “projetado” para viver em bando, sem cercas, em descampados, caminhando grandes distâncias. É preciso passear todos os dias, no mínimo meia-hora com seu cão. Estas caminhadas são importantes para que o dono estabeleça sua dominância, por este motivo é ele quem deve ir na frente e definir quando o cachorro vai parar para fazer xixi ou cheirar. Focinhos, olhos, ouvidos , nesta ordem - Quando dois cães se encontram, eles cheiram o traseiro um do outro como forma de apresentação. Pelo olfato, os cachorros conseguem saber o que o outro comeu, onde mora, se está doente. O cheiro serve de linguagem. Por este motivo ao interagir com um cão você deve seguir a ordem focinhos, olhos, ouvidos para se comunicar com ele. Gritar com um cão só piora o nervosismo dele. Um bicho agressivo e nervoso não seria bem aceito como líder de matilha. Afeto no momento certo - Uma das coias que podem “estragar” um cachorro é dar afeto no momento errado. Os cães só devem receber carinho quando estiverem calmos e submisso. Muita gente humaniza seus bichos e acaba reforçando comportamentos não desejáveis ao deixar de impor disciplina e limites. Deixe que seu cão venha até você, e não o contário, e quando seu cão pisar na bola, o ignore por alguns segundos. Ele vai se ligar que fez coisa errada. Cães-problema ou donos-problema? - O Centro de Psicologia Canina de Cesar, em Los Angeles, tem entre 30 e 40 animais, muitos deles de raças “fortes” como pitbulls, rottweillers, pastores alemães e mastifes italianos. Estes animais perfeitamente equilibrados são treinados para nunca serem agressivos e agem como catalizadores para que cães problemáticos recuperam seu equilíbrio natural ao conviver com a matilha de Cesar. Para o mexicano, a raça deve ser vista como a roupa que um cão usa e não como sua personalidade, geralmente uma projeção do seu dono. Cães não pensam como nós, eles reagem aos seus instintos e estímulos.
redebomdia

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