Foto: Divulgação/Gilcineia Ferreira |
A situação do Centro de Controle de Zoonoses de Aracruz, no norte do Estado, continua precária. Após a denúncia feita pela advogada e coordenadora do Centro de Promoção dos Direitos Humanos de Aracruz, Gilcineia Ferreira, três dos animais sofreram eutanásia. A denunciante formalizou denúncia na delegacia do município, para o delegado titular Leandro Barbosa. A advogada denunciou que os animais ficaram abandonados em situação precária no Centro após o veterinário Edgard Sixto Oliveira deixar o local para as festas de fim de ano e não ser substituído.
O veterinário responsável pelo Centro de Zoonoses de Aracruz deixou o trabalho no dia 23 de dezembro e não havia retornado até a última sexta-feira (30). Mesmo com a saída do veterinário, segundo a denunciante, fora do período de gozo de férias, não foi designado outro profissional para diagnosticar e tratar os animais. No período de ausência do veterinário, morreram cinco filhotes de gatos, um filhote de cachorro e dois cachorros adultos.
Já do dia 1 de dezembro até o dia 22 do mesmo mês morreram cinco filhotes de gatos, dois cães adultos e 18 filhotes de cães, sendo que um dos cães adultos morreu de cinomose. Segundo a advogada, que formalizou denúncia na sexta-feira, o delegado se comprometeu a apurar os fatos e cobrar as responsabilidades dos servidores do executivo municipal.
Gilcineia acrescenta que no momento em que redigia a denúncia a ser formalizada foi informada que três dos animais que faziam parte da denúncia haviam sido eutanasiados pelo gerente de Vigilância Sanitária. Dentre os animais que estão doentes no Centro de Zoonoses de Aracruz estão cadelas com crias, sendo que uma delas e seus filhotes estão contaminados com parvovirose ou cinomose, já que os animais estão defecando sangue com o odor característico. Uma das cadelas abrigada no Centro perdeu todos os filhotes para a doença.
Uma cadela com câncer, com o abdômen inchado e com ferimentos e que ainda não havia recebido qualquer tipo de tratamento até a última sexta-feira, foi eutanasiada, assim como um cachorro coberto por sarna e um filhote de gato com uma carne vermelha exposta saindo de seu ânus, que também não havia recebido tratamento. Todos os animais foram fotografados pela advogada na sexta-feira e ela contou ainda que eles estavam se alimentando e bebendo água no momento da vistoria, o que poderia ser indício de que os animais ainda teriam chance de cura se fossem tratados.
O local onde o Centro está instalado também é precário, com a estrutura física em abandono e mato por todos os lados. A incidência de ratos no local também é um risco para animais e servidores e os produtos para a desratização adquiridos pela prefeitura do município estão perdendo a validade, já que o executivo municipal não providenciou pessoal para fazer a desratização.
Gilcineia completa dizendo que os animais chegaram a ficar cinco meses sem receber a ração fornecida pelo município, obrigando os cuidadores a pegarem ração emprestada de municípios vizinhos a Aracruz, para que os animais não morressem de fome.
fonte seculodiario
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