quarta-feira, 15 de maio de 2013

Raposas-do-ártico estão sofrendo de envenenamento por mercúrio



Por Patricia Tai (da Redação)
Foto: Care2
Foto: Care2
As raposas-do-ártico (Alopex lagopus), também conhecidas como raposas-polares, estão com problemas. Várias populações são vulneráveis ​​a incursões de outras espécies, como raposas-vermelhas, que estão se espalhando na Finlândia, mas o fato é que muitas estão enfrentando misteriosos declínios populacionais.
Grupos de pesquisadores estabeleceram-se em vários locais de habitat da espécie para descobrir as causas deste declínio. Acreditando que iriam encontrar uma explicação patogênica, na verdade depararam-se com a conclusão alarmante: assim como muitos animais em todo o mundo, as raposas-do-ártico estão sofrendo de envenenamento por mercúrio. As informações são da Care2.
O mercúrio continua sendo usado em ampla variedade de produtos de consumo e processos de manufatura, apesar de um comprometimento global em se reduzir  os níveis de mercúrio no meio ambiente, em reconhecimento ao fato deste metal causar sérios problemas de saúde. No caso das raposas árticas, esse problema é especialmente grave devido ao processo chamado bioampliação. A poluição por mercúrio toma conta dos oceanos (a contaminação por mercúrio dobrou nos últimos 100 anos), onde se acumula em microorganismos que são comidos pelos peixes que, por sua vez, desenvolvem um acúmulo do metal em seus corpos.
A contaminação cumulativa por mercúrio perpassa a cadeia alimentar – dos animais que se alimentam destes peixes até chegar às raposas que ingerem alta dose de mercúrio quando se alimentam destes animais. Alguns problemas causados pela ingestão de mercúrio são infertilidade, morte de raposas jovens, problemas neurológicos e dermatológicos, ameaçando diretamente a vida desses animais que vivem em regiões congeladas do globo.
Os pesquisadores descobriram que, ao longo do tempo, o envenenamento por mercúrio vem penalizando mais as populações de raposas que vivem nas regiões costeiras que as populações que habitam no interior das regiões estudadas. A poluição é um dos grandes agravantes, e as populações de raposas em contato mais próximo com o mar – que é altamente contaminado pelo metal – apresentaram maior incidência das doenças citadas.
As raposas-do-ártico não são a única espécie a sofrer as conseqüências do envenenamento por mercúrio, e o problema só tende a piorar com o tempo, especialmente quando todos os indicadores sugerem que não há projeção de queda nos níveis do metal tóxico nos oceanos – a despeito de todas as medidas intervencionistas acordadas em escala internacional para diminuição do uso de mercúrio na indústria e para seu “devido” descarte.
fote: anda.jor

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