quarta-feira, 15 de maio de 2013

FAO defende que consumo de insectos pode acabar com a fome



Relatório da Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas

2013-05-14
O escaravelho é o insecto mais consumido no mundo
O escaravelho é o insecto mais consumido no mundo
Num extenso relatório apresentado hoje, a organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) defende que comer insectos pode ser uma possível solução para a fome no mundo.
Muitas espécies, dizem, têm tantas proteínas como a carne e a sua produção é barata. O seu consumo seria, assim, vantajoso, tanto para pessoas como para animais. Em 2030, terão de ser alimentadas 9 milhões de pessoas, além dos milhares de milhões de animais que se continuam a criar.
A FAO admite que expandir a superfície dedicada à agricultura não é uma opção sustentável. Os oceanos estão sobre-explorados e as alterações climáticas e a escassez de água poderão complicar a produção de alimentos.
Os insectos são uma fonte de alimento muito nutritiva e saudável com alto conteúdo de gorduras, proteínas, vitaminas, fibra e minerais, diz o relatório.
Estima-se que os insectos façam parte da dieta tradicional de pelo menos dois milhões de pessoas. São comidas mais de 1900 espécies, principalmente em África e na Ásia. Os insectos mais consumidos são escaravelhos (31 por cento), lagartas (18 por cento) e abelhas e formigas (14 por cento). Seguem-se os gafanhotos e grilos (13 por cento), cigarras, cochonilhas e chicharritas (10 por cento), libélulas (3 por cento) e moscas (2 por cento).
Além do valor nutricional, a ONU assinala que os insectos são uma boa opção económica. “Nos países em desenvolvimento, as camadas mais pobres da sociedade podem participar na recolecção, no cultivo, processamento e venda de insectos. Estas actividades podem melhorar directamente as suas próprias dietas e proporcionar-lhes lucros através da venda dos excedentes de produção”, diz o relatório.
A FAO enumera outros benefícios para o mundo se os insectos forem incorporados massivamente na nossa dieta: os insectos emitem menos gases com efeito estufa do que a maioria dos animais (apenas térmitas e baratas emitem metano) e as emissões de amoníaco também são muito mais baixas do que as do gado convencional.
fonte: cienciahoje

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