Nas feiras livres de Maceió (AL) o Bom Dia Brasil flagrou um crime ambiental. O comércio é ilegal, mas em uma feira em Maceió é tudo escancarado.
“Leve esse para você ver ele cantando daqui a pouco cantando. Ele quer R$ 70, você paga mais R$ 25, pega nessa gaiola e já leva completo. Canta que abusa”, diz um dos vendedores no local.
Quanto mais raro e bonito o canto, maior o valor no mercado clandestino. Os pássaros de briga também são mais caros.
Vendedor: Você me dá 100 ‘conto’ nesse canário.
Produtor: Em um?
Vendedor: Sim. É de briga e cantador, rapaz. É para vender.
Produtor: Em um?
Vendedor: Sim. É de briga e cantador, rapaz. É para vender.
A Jandaia, espécie ameaça de extinção, é oferecida como se fosse uma pechincha: “R$ 30, novinha, novinha”, afirma o rapaz.
Os pássaros são mal tratados, dividem gaiolas pequenas, ficam sem água, sem comida e são transportados em sacolas. Sob o alerta dos vendedores: “Fique por aí não, porque se o Ibama chegar, leva na hora”, diz.
Os flagrantes foram mostrados a um tenente do Batalhão Florestal. “A multa para um pássaro desse tipo é a partir de R$ 500, mas neste caso em que está na lista de extinção do Ibama, sobe para R$ 1 mil cada pássaro”, explicou Anderson Barros, tenente do batalhão de Alagoas.
A pena para quem vende animais sem autorização varia de 6 meses a 1 ano de prisão, mas os criminosos parecem certos da impunidade. De acordo com a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, este é o 3º maior comércio ilegal do mundo, atrás do tráfico de drogas e de armas.
Os criminosos movimentam por ano 10 bilhões de dólares em todo o mundo, às custas da sobrevivência das espécies.
Fonte: G1
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