sexta-feira, 29 de julho de 2011

Holanda proíbe ritual de sacrifício de animais

O MESMO TINHA QUE ACONTECER AQUI NO BRASIL

Foi proibido o abate de animais por motivos religiosos na Holanda. Foram 116 votos a favor da proibição e 30 contra. Os muçulmanos só devem ingerir carnes que tenham sido abatidas da maneira prescrita no Alcorão, obtendo então, a carne halal.

Na tradição islâmica, o abate ocorre da seguinte forma: se faz um corte no pescoço do animal cortando a jugular e a carótida, mas se preserva a medula espinhal. Bovinos, ovinos e aves devem ser sangrados completamente e o mais rápido possível. A sharia’, lei islâmica, institui que os responsáveis pelo abate sejam muçulmanos.

Além disso, ao final do mês que jejuam, o Ramadan, os muçulmanos costumam abater animais para consumo alimentar no feriado de Eid Al-Adha, relembrando a história do profeta Ibrahim (aleihi-salam) com seu filho Ismail (aleihi-salam).

Para que essas práticas religiosas possam ser preservadas os muçulmanos deverão provar cientificamente que seguir as recomendações de Deus causa menos dores aos animais do que a maneira tradicional de abate. Se não houver comprovação científica o ato será proibido na Holanda.

Atualmente Nova Zelândia, Suécia, Noruega, Áustria, Estônia, Suíça e Lituânia possuem legislação semelhante a que se organiza na Holanda. Na Alemanha e no Reino Unido boa parte dos abates halal acontecem somente após sedação dos animais.

Porém na Espanha, em algumas empresas, 35% dos cordeiros e bezerros são sacrificados de acordo com o rito islâmico. Essa carne tem como destino o consumo interno e a exportação para França, Itália e países de maioria muçulmana, como Turquia, Líbano e Egito.

O projeto de lei holandês foi apresentado pelo Partido dos Animais, o único na Europa que conta com representação parlamentar (dos deputados). Apesar do silêncio dos partidos cristãos, a maioria da Câmara se posicionou de acordo com um suposto bem estar dos animais em detrimento da liberdade religiosa. A comunidade muçulmana da Holanda é de cerca de um milhão de pessoas, sendo a população total de 16 milhões de habitantes.

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