A Justiça condenou a organização da Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial (Eeapic) de São João da Boa Vista e a Prefeitura a pagarem uma multa de R$ 631 mil por causa de procedimentos usados no rodeio, que são considerados agressivos aos animais.
O valor corresponde ao descumprimento de uma decisão judicial de 2007, que não autorizou a realização de provas de laços e as que derrubem os animais no chão. A determinação também proibiu o uso de esporas e o sedém, cinta que é passada na altura da virilha do animal para estimulá-lo.
Apesar da determinação da Justiça, a presidente da União Sanjoanense de Proteção aos Animais (Uspa), Vera Lúcia Von Gossler afirmou que nas últimas quatro edições da Eapic houve maus-tratos.
“O sedém continua a ser usado o tempo todo, desde aquela época. Ele nunca deixou de ser usado. Outro problema é a localização dos bretes, que são os cercados onde os animais ficam, estão próximos as caixas de som, o que configura uma tortura devido ao barulho que produz”, afirmou Vera.
O presidente da Eapic, Jairo Hamilton, disse que vai recorrer da multa. Segundo ele, o mandado judicial credenciou veterinários para analisarem os equipamentos. “Além das três pessoas habilitadas da Uspa, nós tínhamos veterinários nossos acompanhando toda preparação para evitar maus-tratos e nada foi constatado esse tempo todo”, disse.
Fiscalização
Segundo o documento da prefeitura encaminhado ao Ministério Público, a veterinária Juliana Bioto Bueno ficou responsável pela fiscalização. Ela disse não ter encontrado nenhuma irregularidade na estrutura e equipamentos da Eapic. “Nós analisamos desde a chegada até a saída dos animais. Não houve ocorrência de maus-tratos e os animais tem comida e água a vontade”, contou.
A veterinária disse ainda que, ao contrário do que afirmou a presidente da Uspa, o sedém pode ser usado. “Em todas as montarias e em todos os rodeios há a necessidade do uso do sedém e de forma alguma machuca o animal”, explicou.
A Prefeitura informou que não descumpriu a liminar e se tivesse feito isso, a própria Uspa deveria ter registrado um boletim de ocorrência.
Assista à reportagem aqui.
Fonte: G1
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