terça-feira, 29 de maio de 2012

Ambientalista apela à proteção do manatim na Angola


O ambientalista João Seródio defendeu, neste domingo, a preservação e proteção do manatim (conhecido também por peixe boi ou peixe mulher) que, a par do projeto Angola LNG, constituem a bandeira de Angola na Exposição Universal de Yeosu 2012.
Em declarações à Angop, João Seródio, que falava na qualidade de membro da Comissão Nacional da Expo, referiu que a espécie está em vias de extinção em África, mas que, por sorte, Angola o tem em bastante quantidade, porém sem revelar os atuais números.
Conhecido também por “Trichechus senegalensis”, disse ter sido identificado pela primeira vez no Senegal, daí o seu nome, e termina no rio Longa, ao sul do rio Kwanza, que é a fronteira da existência deste animal que vive, a entrada dos rios e muito raramente vai ao mar, vivendo entre este ecotono.
João Seródio afirmou que este animal tem um simbolismo muito grande no país, quase semi-religioso, assemelhando-se a sereia e que está em vias de extinção em África, porque todos os rios a partir do Senegal até a fronteira de Angola estão poluídos e perece ao comer as plantas afetadas, por causa da sua condição de herbívoro.
Por este fato, sublinhou que a sociedade tem o dever e a obrigação de protegê-lo para, a exemplo da Palanca Negra gigante, preservar-se um importante símbolo que pode ser encontrado nos rios Kwanza, Longa, Dande, Bengo e Chiloango, em Cabinda.
Também podem ser vistos em alguns rios da Gâmbia, Libéria, Guiné-Bissau, Serra Leoa, Cote d’Ivoire, Ghana, Mali, Nigéria, República Democrática do Congo (RDC), República do Congo, Camarões e Gabão.
Os manatins tem poucos prededores naturais, convivem com tubarões e crocodilos, sendo a sua principal ameaça o homem.
SSua carne, pele, ossos e óleo são consumidos, existindo assim uma caça a este animal. Encontra-se também ameaçada pela destruição do seu habitat, devido à construção de barragens, canais de navegação e a captura acidental durante a pesca.
O manatim africano é um mamífero herbívoro que mede cerca de três metros de comprimento e pesa mais de 500 quilos, podendo chegar até aos mil.
Este animal marinho vive em águas quentes pouco profundas. É um animal de hábitos solitários e alimenta-se de plantas do fundo marinho. Os manatins são criaturas solitárias, excepto no caso das fêmeas que quando são mães acompanham e alimentam as suas crias durante mais de um ano.
Estes animais só se reproduzem a cada dois anos e têm uma gestação de cerca de doze meses, da qual nasce só uma cria. Os manatins nadam em média cinco a oito quilómetros por hora (1,4 a 2,2 metros por segundo) e emitem uma ampla gama de sons para comunicarem com as suas crias, entre adultos para manterem o contacto e durante os comportamentos sexuais.
O manatim africano encontra-se a pouca profundidade, a um ou dois metros em águas costeiras e rios de água doce preferindo, sobretudo, pantanos.
Alimentando-se de vegetais, pesquisas revelam que este animal é susceptível de domesticação, chegando mesmo a reconhecer a voz do tutor, a obedecer-lhe a vir dos lagos ou mar, as horas determinadas, isto quando vão a procura de alimento.
Fonte: Angola Press

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