segunda-feira, 14 de abril de 2014

Nove regiões do mundo ainda consomem carne de cães e gatos

(da Redação)
No centro de Shangai, uma campanha provocativa busca incentivar as pessoas a parar de comer cães e gatos. Embora desaprovada pela maioria das culturas ocidentais, a prática é bastante comum na China e em grande parte da Ásia.
Enquanto o governo chinês pensa em banir totalmente o consumo de cães e gatos, o costume é tão difundido e popular que os grupos de direitos animais acreditam que a melhor abordagem possa ser aquela que toque no aspecto moral: “O que você acabou de colocar em sua boca pode ter sido um amigo do seu filho”, acusa um anúncio exibido em uma estação de trem.
Comer o seu poodle ou o seu gato pode parecer um conceito extremamente ofensivo e é tabu na maior parte do mundo, mas os cães e gatos nem sempre foram considerados animais de companhia. Em muitas partes do mundo, como no México e na Polinésia, a existência desses animais é anterior à chegada dos colonizadores europeus e eles eram comumente criados para alimentação humana.
Atualmente, os gatos e os cães são comuns em muitos menus no Vietnã, na Coréia e na China. Eles são comidos como refeições individuais ou adicionados a outros pratos de carne “para um toque de sabor extra”.
Segundo a reportagem, a prática é mais comum do que se imagina, e pode estar acontecendo na sua própria cidade ou vizinhança. Segue uma relação dos locais mais conhecidos pelo consumo de cães e gatos ao redor do mundo. As informações são do Daily Meal.
Taiwan
Foto: Flickr/ Kaj Iverson
Foto: Flickr/ Kaj Iverson
Comer cães e gatos não só é extremamente popular em Taiwan, como também há um comércio clandestino muito atuante que fornece esses animais para restaurantes locais e fornecedores de carne em todo o país. A carne é geralmente adicionada a outros pratos de mais tradicionais, para “um acréscimo de sabor”. O governo aprovou uma lei proibindo a prática, mas a mesma ainda persiste e é muito popular especialmente em pequenas cidades e aldeias.
Estados Unidos
Foto: Andrew Hall
Foto: Andrew Hall
Mesmo em partes dos Estados Unidos, existem pessoas acostumadas com a ideia de consumir cães e gatos. Há uma extensa quantidade de relatos de indivíduos que comem cães e gatos em situação de rua há muito tempo, em particular no Havaí. Há também uma abundância de animais de companhia que são sequestrados para consumo humano. Um cão labrador de oito anos chamado Caddy foi recentemente raptado em um campo de golfe onde seu tutor o deixou enquanto jogava, e soube-se que trabalhadores da região mataram e comeram o animal.
A Câmara dos Vereadores do Havaí tentou aprovar uma lei que proíbe o consumo de gatos e cães na ilha, mas foi arquivado por falta de evidências suficientes.
Ártico
Foto: Flickr/ Property1
Foto: Flickr/ Property1
A exploração de cães da raça Husky para puxar trenós através dos montes de neve na região do Ártico já é conhecida. As condições climáticas adversas da região propiciam a criação desses cães e os humanos habituaram-se a utilizá-los. No entanto, historicamente, sabe-se que os cães não são explorados apenas como puxadores de trenós mas também têm sido usados ​​como “fonte alimentar de emergência” em partes da Sibéria, do Alasca, do norte do Canadá e da Groenlândia ao longo dos séculos.
Coréia
Foto: Wikipedia/ Rhett Sutphin
Foto: Wikipedia/ Rhett Sutphin
É a 14ª maior economia do mundo mas, a cada ano, cerca de 2,5 milhões de cães e gatos são consumidos como “comida saudável” na Coréia do Sul. Apesar da carne dos cães ser consumida em todo o ano, é particularmente popular no verão, pois os coreanos acreditam que comer carne de cão nos dias mais quentes do ano – conhecidos como “Bok Nal” (literalmente, “dias de cão”) – ajuda a minimizar a sensação de calor.
Grupos ativistas de direitos animais revoltam-se contra a prática, na qual os animais são mortos eletrocutados, espancados ou enforcados, mas a venda de cães e gatos para alimentação humana representa uma indústria de 2 bilhões de dólares no país.
México
Foto: Flickr/ Brian
Foto: Flickr/ Brian
Cães eram criados para consumo humano pelos astecas. Por séculos, comer carne de cão foi um marco da cultura gastronômica da região. Em algumas partes do país, a prática ainda é forte.
China
Foto: The Hindustani Times
Foto: The Hindustani Times
Carnes de gato e de cachorro, uma tradição culinária de longa data em muitas partes da Ásia, podem ser encontradas em abundância nos menus em toda a China. Em cidades do sul da China, como Guangzhou, os cães são mantidos em currais e fornecidos aos restaurantes para uma variedade de pratos, como sopa de cachorro e bife. “Carne de cachorro é bom para a saúde e para o metabolismo”, disse o dono de um restaurante local à CNN. “No verão, ela ajuda a fazer transpirar”.
Polinésia Francesa
Foto: Flickr/ Olivier Bruchez
Foto: Flickr/ Olivier Bruchez
No Tahiti e em outras ilhas da Polinésia, cães e gatos foram usados ​​como uma fonte de alimento como outra qualquer por centenas de anos. Os europeus chegaram em 1769 e difundiram a ideia de que os gatos e cães eram animais domésticos e ​​que não deveriam ser transformados em comida. No entanto, a prática persiste.
Suíça
Foto: Flickr/ Mark Zastrow
Foto: Flickr/ Mark Zastrow
A prática de comer carne de cães e gatos é surpreendentemente comum entre os agricultores desta nação alpina. A carne preferida é a do Rottweiler; por ser bastante “robusto”, é um dos favoritos em localidades rurais dos arredores de Appenzell e St. Gallen, entre outros. O consumo também é bastante popular no Vale do Reno. E a gordura do cão também é muito utilizada na Suíça, para fins medicinais. O consumo de cães e gatos não é ilegal na Suíça.
Vietnã
Foto: Wikipedia/ Liooneel
Foto: Wikipedia/ Liooneel
Anualmente, milhares de cães e gatos em situação de abandono são apanhados das ruas de Ho Chi Minh City e vendidos para restaurantes locais e para vendedores ambulantes de alimentos. A demanda por carne de cachorro é realmente tão alta que constitui o centro de um mercado negro muito lucrativo. A carne de cachorro pode ser vendida por cerca de 10 dólares o quilo e é usada para pratos como ensopado de cão, servido quente em uma sopa de sangue. Outros pratos servidos são cão grelhado com capim cidreira e gengibre, cão cozido no vapor com molho de camarão e cão no espeto.
Nota da Redação: Enquanto notícias sobre o consumo de cães e gatos podem chocar muitos ocidentais, os métodos de tortura e morte são aplicados igualmente em fazendas industriais de maneira cotidiana no resto do mundo. Todos os anos são mortos mais de 70 bilhões de animais para o consumo humano. Só no Brasil há 205 milhões de bois, além de 4 bilhões de frangos e 40 milhões de porcos serem assassinados anualmente.
fonte>anda.jor.

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