Um dia na vida de um Bacon
Até o momento, muitas pessoas viram o horripilante flagrante do Tyson Pork, o qual os ativistas do MercyforAnimals revelaram no início desse ano. Ou talvez tenham visto o abuso devastador gravado na Christensen Family Farms, ou no HawkeyeSow Centers, ou noPipestone Systems, ou no Iowa Select, ou no SmithfieldFoods, ou na Fazenda Hormel; e a lista segue, e segue… Mas apesar de investigações em fazendas de porcos por numerosos grupos de proteção animal revelarem as mesmas crueldades indizíveis, ano após ano, o impassível fetiche por bacon continua, em grande parte porque as pessoas são capazes de convencer a si mesmas de que estes foram apenas casos isolados de maus tratos; uma exceção, não uma regra.
Apesar de existirem fazendas onde os porcos não são maliciosamente espancados, atirados e queimados, a verdade é que praticamente todo bacon (e bisteca, e presunto…) vem de um porco sujeitado a mutilações excruciantes sem qualquer anestesia ou analgésico. Esses procedimentos de tortura são todos legais e rotineiros, parte das práticas padrão conhecidas como “processamento” de leitões, que se iniciam poucos dias após o seu nascimento. Estes abusos são frequentemente infligidos nas pequenas, e assim chamadas “fazendas humanitárias”.
A maioria dos porquinhos tem seus rabos cortados sem anestesia
Embora porcos sejam alguns dos animais mais inteligentes e inquisitivos do planeta, mais de 97% dos porcos nos Estados Unidos são criados em fazendas industriais do tipo armazém. (1) Amontoados em galpões cheios de estrume e aos milhares, e incapazes de realizar os mais básicos comportamentos essenciais para o seu bem-estar, porcos sofrem de depressão e ansiedade e exibem comportamentos de stress estereotipados, incluindo morder as caudas dos companheiros de confinamento. A fim de prevenir esse comportamento (o qual resultaria em infecção, e subsequente prejuízo), fazendeiros cortam metade ou mais dos rabos dos filhotes sem qualquer anestesia ou analgésico.
A maioria dos porquinhos têm seus dentes quebrados com alicates
Porcos recém-nascidos têm oito dentes afiados, os quais arranham as mamas das suas mães, bem como outros filhotes. Enquanto que esses dentes têm um importante propósito na natureza, feridas causadas por eles podem às vezes levar a infecções ou outros danos que resultem em prejuízos aos fazendeiros. Porcos criados em fazendas industriais, assim como em muitas fazendas pequenas, têm seus dentes quebrados ao meio,ou mesmo na altura das gengivas, com alicates, procedimento que pode ser visto no vídeo abaixo.
A maioria dos porquinhos têm nacos de carne arrancados das suas orelhas
Entalhe de orelha é o método mais comum de identificação de porcos (2). Com uma ferramenta denominada “V-notcher” (semelhante a um furador), triângulos de carne são cortados das orelhas dos filhotes como se fossem pedaços de papel, ao invés de apêndices sensíveis cheios de nervos e vasos sanguíneos. Os entalhes na orelha direita representam o número da ninhada, e os da orelha esquerda o número de cada indivíduo. Sob esse sistema, cada porquinho de uma mesma ninhada tem o mesmo número de entalhes na orelha direita, e diferentes números de entalhes na orelha esquerda. Eles chegam a ter até cinco entalhes cortados numa só orelha.
Praticamente todos os porquinhos machos têm seus testículos arrancados (a maioria sem anestesia)
Quase todos os porcos machos dos Estados Unidos são castrados afim de evitar o “odor sexual”, um cheiro forte e indesejado presente na carne dos machos não castrados (O odor sexual é proibido pela regulamentação alimentícia de muitos países). Quase todos são castrados sem anestesia, ou sequer um analgésico, uma vez que essas medidas aumentariam os custos. Normalmente um bisturi é utilizado para fazer uma incisão acima de cada testículo, que então são espremidos e arrancados, ou cortados no cordão espermático.
Mutilações sem anestesia são comuns em fazendas pequenas e industriais
Apesar de porcos criados no pasto experimentarem uma qualidade de vida melhor do que aqueles criados em confinamento, os primeiros também são submetidos a mutilações brutais. Particularmente cruel é a prática de anéis nasais. Porcos são animais altamente curiosos, e em ambiente natural irão passar quase metade do seu tempo ativo explorando as redondezas. Seu comportamento exploratório instintivo preferido é fuçar o solo, uma habilidade considerada básica para o bem estar de todos os porcos. Entretanto, muitos dos pequenos fazendeiros se queixam que este hábito destrói o pasto. Para impedir este comportamento, fazendeiros frequentemente inserem argolas de arame ou metal nos focinhos dos porcos, tornando o hábito de fuçar extremamente doloroso. Cientistas já confirmaram que o focinho de um porco em formato de disco têm tantos sensores receptivos como a palma de uma mão humana. Além de causar tremenda dor física, anéis nasais são fonte de grande frustração emocional para os porcos, na medida em que impedem um de seus instintos mais naturais. O angustiante vídeo abaixo mostra o que seria considerado um “método humanitário” de aplicação desses anéis, enquanto que este vídeo mostra um método ainda mais cruel, praticado em algumas fazendas familiares.
Porcos de fazendas pequenas, criações ao ar livre, e muitos outros rótulos humanitários também são submetidos a entalhe de orelha e castração sem anestesia. Mesmo o mais rigoroso selo de certificação de bem-estar animal dos Estados Unidos (o Animal WelfareApproved) permite a castração e o entalhe de orelhas sem nenhuma anestesia. No vídeo abaixo, a fazenda KarmaGlos, de Kingbird, certificada com este selo, demonstra seu método “puxar e rasgar” de castração de filhotes, sem nenhuma anestesia (Você também pode assistir à “mutilação humanitária de orelha” desta fazenda certificada, aqui).
Um dia na vida de um Bacon
Até o momento, muitas pessoas viram o horripilante flagrante do Tyson Pork, o qual os ativistas do MercyforAnimals revelaram no início desse ano. Ou talvez tenham visto o abuso devastador gravado na Christensen Family Farms, ou no HawkeyeSow Centers, ou noPipestone Systems, ou no Iowa Select, ou no SmithfieldFoods, ou na Fazenda Hormel; e a lista segue, e segue… Mas apesar de investigações em fazendas de porcos por numerosos grupos de proteção animal revelarem as mesmas crueldades indizíveis, ano após ano, o impassível fetiche por bacon continua, em grande parte porque as pessoas são capazes de convencer a si mesmas de que estes foram apenas casos isolados de maus tratos; uma exceção, não uma regra.
Apesar de existirem fazendas onde os porcos não são maliciosamente espancados, atirados e queimados, a verdade é que praticamente todo bacon (e bisteca, e presunto…) vem de um porco sujeitado a mutilações excruciantes sem qualquer anestesia ou analgésico. Esses procedimentos de tortura são todos legais e rotineiros, parte das práticas padrão conhecidas como “processamento” de leitões, que se iniciam poucos dias após o seu nascimento. Estes abusos são frequentemente infligidos nas pequenas, e assim chamadas “fazendas humanitárias”.
A maioria dos porquinhos tem seus rabos cortados sem anestesia
Embora porcos sejam alguns dos animais mais inteligentes e inquisitivos do planeta, mais de 97% dos porcos nos Estados Unidos são criados em fazendas industriais do tipo armazém. (1) Amontoados em galpões cheios de estrume e aos milhares, e incapazes de realizar os mais básicos comportamentos essenciais para o seu bem-estar, porcos sofrem de depressão e ansiedade e exibem comportamentos de stress estereotipados, incluindo morder as caudas dos companheiros de confinamento. A fim de prevenir esse comportamento (o qual resultaria em infecção, e subsequente prejuízo), fazendeiros cortam metade ou mais dos rabos dos filhotes sem qualquer anestesia ou analgésico.
A maioria dos porquinhos têm seus dentes quebrados com alicates
Porcos recém-nascidos têm oito dentes afiados, os quais arranham as mamas das suas mães, bem como outros filhotes. Enquanto que esses dentes têm um importante propósito na natureza, feridas causadas por eles podem às vezes levar a infecções ou outros danos que resultem em prejuízos aos fazendeiros. Porcos criados em fazendas industriais, assim como em muitas fazendas pequenas, têm seus dentes quebrados ao meio,ou mesmo na altura das gengivas, com alicates, procedimento que pode ser visto no vídeo abaixo.
A maioria dos porquinhos têm nacos de carne arrancados das suas orelhas
Entalhe de orelha é o método mais comum de identificação de porcos (2). Com uma ferramenta denominada “V-notcher” (semelhante a um furador), triângulos de carne são cortados das orelhas dos filhotes como se fossem pedaços de papel, ao invés de apêndices sensíveis cheios de nervos e vasos sanguíneos. Os entalhes na orelha direita representam o número da ninhada, e os da orelha esquerda o número de cada indivíduo. Sob esse sistema, cada porquinho de uma mesma ninhada tem o mesmo número de entalhes na orelha direita, e diferentes números de entalhes na orelha esquerda. Eles chegam a ter até cinco entalhes cortados numa só orelha.
Praticamente todos os porquinhos machos têm seus testículos arrancados (a maioria sem anestesia)
Quase todos os porcos machos dos Estados Unidos são castrados afim de evitar o “odor sexual”, um cheiro forte e indesejado presente na carne dos machos não castrados (O odor sexual é proibido pela regulamentação alimentícia de muitos países). Quase todos são castrados sem anestesia, ou sequer um analgésico, uma vez que essas medidas aumentariam os custos. Normalmente um bisturi é utilizado para fazer uma incisão acima de cada testículo, que então são espremidos e arrancados, ou cortados no cordão espermático.
Mutilações sem anestesia são comuns em fazendas pequenas e industriais
Apesar de porcos criados no pasto experimentarem uma qualidade de vida melhor do que aqueles criados em confinamento, os primeiros também são submetidos a mutilações brutais. Particularmente cruel é a prática de anéis nasais. Porcos são animais altamente curiosos, e em ambiente natural irão passar quase metade do seu tempo ativo explorando as redondezas. Seu comportamento exploratório instintivo preferido é fuçar o solo, uma habilidade considerada básica para o bem estar de todos os porcos. Entretanto, muitos dos pequenos fazendeiros se queixam que este hábito destrói o pasto. Para impedir este comportamento, fazendeiros frequentemente inserem argolas de arame ou metal nos focinhos dos porcos, tornando o hábito de fuçar extremamente doloroso. Cientistas já confirmaram que o focinho de um porco em formato de disco têm tantos sensores receptivos como a palma de uma mão humana. Além de causar tremenda dor física, anéis nasais são fonte de grande frustração emocional para os porcos, na medida em que impedem um de seus instintos mais naturais. O angustiante vídeo abaixo mostra o que seria considerado um “método humanitário” de aplicação desses anéis, enquanto que este vídeo mostra um método ainda mais cruel, praticado em algumas fazendas familiares.
Porcos de fazendas pequenas, criações ao ar livre, e muitos outros rótulos humanitários também são submetidos a entalhe de orelha e castração sem anestesia. Mesmo o mais rigoroso selo de certificação de bem-estar animal dos Estados Unidos (o Animal WelfareApproved) permite a castração e o entalhe de orelhas sem nenhuma anestesia. No vídeo abaixo, a fazenda KarmaGlos, de Kingbird, certificada com este selo, demonstra seu método “puxar e rasgar” de castração de filhotes, sem nenhuma anestesia (Você também pode assistir à “mutilação humanitária de orelha” desta fazenda certificada, aqui).
Alguns irão se opor às práticas cruéis descritas aqui, e é até possível, com uma pesquisa cuidadosa e visitas pessoais, encontrarmos fazendas verdadeiramente humanas que não praticam tais abusos. Mas os proponentes das assim chamadas fazendas humanitárias ignoram uma verdade fundamental. A razão principal pela qual o abuso e tortura de animais na pecuária acontecem, não é porque fazendas industriais sejam corruptas,nem porque grandes indústrias sejam gananciosas, ou tampouco porque empregados de fazendas sejam dessensibilizados e sádicos, embora todos esses fatores existam. Mas a razão mais importante por trás do abuso e tortura desses animais é que os consumidores, incluindo aqueles que só compram produtos animais “certificados”, estão enviando a mensagem de que explorar, maltratar e matar animais por prazer – por carne e secreções as quais nós não temos necessidade biológica de consumir – é moralmente aceitável. Você não pode pagar para que pessoas inflijam violência desnecessária aos animais, e depois dizer que os mesmos animais não deveriam sofrer violência desnecessária. Trata-se de uma posição moralmente inconsistente, e, portanto, desprezível. Tal postura será facilmente ignorada pelos produtores. Se as vidas dos animais não importam nem mesmo o suficiente para que nós os poupemos havendo alternativas abundantes, então em que circunstâncias o sofrimento deles importaria?
Enquanto nós tratarmos indivíduos sencientes como unidades de produção, não estaremos fazendo nada além de reafirmar as premissas básicas das fazendas industriais: as de que as vidas dos animais não possuem valor intrínseco, e de que é ético explorá-los e matá-los mesmo que isso não seja necessário para a nossa sobrevivência. Se podemos perceber os animais como seres inteligentes, amorosos e brincalhões, como nossos próprios cães e gatos, e ainda pensar: “Sim, mas meu desejo por um prazer fugaz vale mais do que a vida inteira deles”, então não será possível trazer qualquer argumento significativo sobre como esses animais deveriam ser tratados. Por isso, não é mais “humano” infligir morte desnecessária a animais que desejam viver, do que infligir sofrimento desnecessário naqueles que desejam não sofrer.
Fonte: Free From Harm
Tradução: Pedro Abreu
fonte: http://oholocaustoanimal.wordpress.com/
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