Por Pérola Novais (da Redação)
Diversas organizações de defesa dos direitos animais recusaram a proposta de uma comissão no Parlamento da Espanha, de proteger a tourada declarando-a um bem de interesse cultural. As informações são do jornal Los Tiempos.
“Ao apoiar e proteger o passatempo cruel e ultrapassado das touradas, o Governo espanhol corre o risco de manchar sua reputação e deixar um terrível legado para as gerações futuras. O tormento e a morte de animais por meio da diversão, ou por razões culturais, não podem ser aceitos e muito menos protegidos,” diz Ricardo Jiménez, gerente de comunicações da Sociedade Mundial para a Proteção Animal (WSPA).
É assegurado ainda que as corridas de touros são um espetáculo já em declínio. A proteção como bem de interesse cultural não apenas poderia provocar que fundos públicos fossem utilizados para apoiar esta indústria cruel, como também faria com que algumas das proibições regionais às touradas, que já existem em regiões autônomas como Catalunha, fossem revertidas, e inclusive poderia haver mudanças na educação, fazendo com que sejam vistas de maneiras positivas pelas crianças.
A tourada é, a grosso modo, uma luta com touros, tradição que existe sobretudo na Espanha para seus mais fiéis seguidores, ainda que vários países do mundo, como México, Colombia, Venezuela, Cota Rica, Equador, Venezuela e inclusive a China e a Índia a praticam.
A forma mais comum da tourada é a roda, que se pratica em várias regiões da Espanha. A tourada se caracteriza pelo uso de ferramentas afiadas como espadas e lanças para derrotar um touro de maneira agonizante em um espaço público.
Existe a “Lidia”, outra modalidade para tourada, conhecida como a prática do toureiro em uma roda. Esta também já foi rejeitada por várias comunidades de proteção de animais, que solicitaram a proibição da mesma por se tratar de uma “mostra” da crueldade humana.
Na região espanhola de Catalunha está aprovada a proibição de touradas desde o ano de 2012.
Por último, uma pesquisa recente, realizada por Ipsos MORI para a Sociedade Humanitária Internacional, revela que a maior parte dos espanhóis não aprovam a utilização de fundos públicos para a realização de touradas e ainda revela que ¾ desta população pesquisada não assistem a uma tourada já há uns cinco anos.
fonte: anda
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