Por Renata Takahashi (da Redação)
Enquanto milhares de famílias comemoram nesse segundo domingo do mês de maio o Dia das Mães, acendendo a churrasqueira, com direito a bolo, pizza, e outras “guloseimas” a matéria-prima que está na mesa nasce de um estupro.
Será chamada por um número qualquer pregado na orelha ou estampado por uma queimadura de ferro quente em sua pele, e classificada como “de cria” ou “de leite”.
Será forçada a ser mãe várias vezes, sem chance de escolha, de maneira nem um pouco natural.
Caso seja classificada como “leiteira” pela cruel indústria da exploração animal, a fêmea será forçada a manter-se grávida…
…para estar sempre produzindo leite.
Sendo obrigada a carregar um filho que lhe foi “introjetado”, com quem não poderá nunca interagir de forma natural, pois estarão sempre cercados e sendo controlados pelas mãos humanas.
Animais são transformados em produtos. Quem os “produz”? Cada uma dessas vidas transformadas em mercadorias tem uma mãe.
Quando animais são tratados como recursos, mercadorias e produtos, quem os gera, ou seja, as mães, são tratadas como máquinas.
O Brasil possui uma enorme produção de alimentos derivados de animais. Aves, mamíferos, peixes, seja qual for a classe em que se enquadram dentro da classificação humana, os animais lamentavelmente chamados “de criação” ou “de produção”, milhares que nascem e morrem em ritmo industrial, todos eles têm uma mãe.
Os laços maternais e as interações entre mãe e filho não são considerados nas “fábricas de animais”. O que vale é a máxima produção. O que conta é o lucro.
Poderíamos contar aqui histórias lindas de amor de mães com seus filho, mas aproveitemos a data de hoje também para lembrar das injustiças diárias acometidas contra milhares de mães não humanas.
“Sou filha de alguém”. Humanos criam essas situações, e só humanos podem mudar essa realidade.
Todas as mães merecem respeito.
fonte: anda
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