segunda-feira, 6 de maio de 2013

Zoológico de Concórdia é acusado de maus-tratos aos animais


ARGENTINA


Por Loren Claire Canales (da Redação)
Arames farpados são usados pelo zoológico para que os tigres não saltem de suas jaulas. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Um grupo de pessoas ligadas a ONGs protetoras de animais publicou através da rede social Facebook uma denúncia por suposto maltrato animal no Parque Zoológico A Arca de Enrimir, que funciona em uma propriedade próxima à estrada que leva a represa de Salto Grande, em Concórdia, na Argentina. As informações foram publicadas no periódico Uno Entre Ríos.
Uma das acusações ao funcionamento do zoológico se baseia na foto e no comentário de Irma Lucero. “Aqui há tigres escondidos do público, em estado deplorável. Estou divulgando e denunciando o máximo que posso. O lugar, Concórdia, Entre Rios, A Arca de Enrimir… um lugar de crueldade”.
A cibernauta Rubi Passarella escreveu a partir do seu perfil que “essas jaulas são um horror! Primeiro pelo aprisionamento e segundo pelo tamanho! Devem pelo menos tirar os tigres daí”. Foram muitos os que se uniram à queixa que se espalhou através das redes sociais. Em seu muro, Joel Emmanuel González, se perguntou: “Como vão ter esses animais aí, loucos estúpidos? Por quê não soltam esses animais no local onde pertencem e deixam de encher o saco? Se há pessoas que querem ver os animais, que vejam documentários. Bando de incompetentes”!
Proprietário desmente acusação
Sem desconhecer esta situação, o proprietário da Arca de Enrimir, Diego Zipitria, expressou sua postura em resposta aos protecionistas, negando a todo momento que se pratique maus-tratos aos animais.
“É um zoológico, que é visitado por jovens, por escolas: Como poderíamos ter animais nessas condições? É impossível”, se perguntou o empresário.
No entanto, reconheceu que a foto que mostra tigres aprisionados em uma jaula pouco convencional pertence ao seu zoológico. “É o lugar onde eles comem, temos que alimentá-los separadamente, um a um, senão brigam. É um gabinete a parte, também utilizado para dar medicação”.
'El Arca de Enrimir', no centro da polêmica. (Foto: Facebook/Irma Lucero)
‘El Arca de Enrimir’, no centro da polêmica. (Foto: Facebook/Irma Lucero)
“Não é a primeira vez que me denunciam; há dois anos fizeram uma denúncia perante o Tribunal de Concórdia. Antes disso veio um veterinário do Paraná, além do pessoal de fiscalização da Fauna e da Nação e um veterinário da polícia. A denúncia foi por maltrato animal”, se defendeu.
Consultado sobre a reação dos protecionistas, explicou: “Respeito sua maneira de pensar, mas é o contrário do que está acontecendo aqui. Eles controlam para que não haja animais em cativeiro, mas para mim são veículos de injúria, falta de respeito e boatos”.
“É um lugar que está habilitado pela Fauna da Nação, pela Província e pela Municipalidade; não é um quiosque de cachorro-quente, se trata de uma propriedade de 40 hectares, onde temos um dos nove elefantes que há no país, como posso passar despercebido”?, argumentou.
Outras denúncias
Segundo denúncias feitas pela Irma Lucero, as jaulas onde estão os tigres medem aproximadamente 2X2 metros, e existem 19 tigres vivendo aprisionados nestes cubículos. Para além da problemática com os tigres, há outros animais igualmente necessitados, em espaços totalmente inadequados. Há vídeos publicados pela denunciante:
Urso Pardo: O vídeo mostra um urso pardo preso em um pequeno espaço cercado circular. Ele dá voltas e voltas incesantemente, com um olhar perdido e desamparado.
Lontra: O vídeo mostra uma lontra em um espaço minúsculo, com apenas um pequeno recipiente com água. O animal mal consegue nadar, por conta do espaço mínimo de água que possui em seu cativeiro. Ele entra no recipiente e sai diversas vezes, se apóia sobre as grades. As imagens transmitem a aflição de um animal sozinho, em condições muito distantes de seu habitat natural, sem a convivência com outros de sua espécie. Lamentavelmente confinado pela crueldade humana.
Apesar das condições visivelmente precárias dos animais, o Zoologico Arca de Enrimir foi nomeado pelo Governo de Entre Ríos como sendo Patrimônio de Interesse Cultural e Natural.
fonte: anda

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