Por Amanda Dall’Agnol (da Redação)
Uma empresa da província da Ilha Príncipe Eduardo, no Canadá, vendeu seu primeiro atordoador eletrônico de lagostas para um processador norte-americano a fim de ajudar esta empresa a chegar aos mercados europeus. As informações são do CBC News.
O atordoador eletrônico de lagostas, feita pela Charlottetown Metal Products, descarrega um choque elétrico que pode matá-las ou atordoá-las. Em ambos os casos, não há medo de que os animais sintam alguma dor quando colocados em água fervente para cozinhar.
O método tradicional para matar a lagosta é simplesmente jogá-las em uma panela de água fervente, onde elas morrem rapidamente e depois são cozidas. Mas há um debate de longa data entre os tradicionalistas e ativistas dos direitos dos animais sobre se os crustáceos têm um sistema nervoso que é avançado o suficiente para que eles se sintam dor.
Trevor Spinney, vice-presidente de Charlottetown Metal Products, disse que ele não está realmente interessado nesse debate.
“Eu realmente não posso comentar se estamos fazendo isso porque pensamos que a lagosta sente ou não sente dor”, afirmou Spinney. “É realmente uma decisão de mercado.”
E o mercado na Alemanha se pronunciou. A Fundação Albert Schweitzer diz que a mais recente pesquisa comprova que mariscos sentem dor, e o grupo de defensores dos direitos dos animais convenceu vários supermercados na Alemanha a parar de vender lagosta porque os animais são cozidos vivos.
A fim de manter esse mercado, um processador de lagosta de New Brunswick decidiu investir em um atordoador eletrônico de lagostas.
“Uma vez que a lagosta entra em contato com a água também vai entrar em contato com um eletrôdo na parte superior e, em seguida, receber uma descarga de corrente, o que torna o animal praticamente morto ou atordoado”, disse o gerente de projetos de frutos do mar da CMP, Jim Reeves.
Problemas com o processamento de lagostas continuam, afirma grupo
Pesquisa científica feita pela CMP confirma que o animal não sofre dor durante o eletrocutamento.
A empresa tem enviado várias máquinas para processadores de caranguejo no Reino Unido e na Irlanda, e agora está focando no mercado de processamento de lagosta.
Mahi Klosterhalfen, da Fundação Albert Schweitzer, disse que os atordoadores são um passo na direção certa, mas ainda há problemas com a lagosta que precisam ser resolvidos.
“As lagostas ainda são transportadas, basicamente, empilhadas umas em cima das outras, o que causa muito estresse”, disse Kosterhalfen.
“Eu sei de várias cadeias de supermercados que não venderiam lagostas que foram transportados dessa maneira.”
CMP disse que alguns processadores da Ilha do Príncipe Eduardo têm mostrado interesse em comprar um atordoador de lagosta, mas ninguém decidiu comprar o produto até o momento.
fonte: anda
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