Por Pérola Novais (da Redação)
A agência espacial russa enviou, em meados do mês de abril, uma cápsula científica com animaisdentre os quais ratos, gerbos, lagartos e caracóis. O objetivo da missão, denominada “Bion-M”, era comprovar qual seria o grau de resistência dos animais a condições de falta de gravidade. Depois de 30 dias em órbita, a nave voltou à Terra neste domingo, 19. Mas alguns dos animais não voltaram com vida.
Metade dos 45 ratos chegaram mortos, o que é um desastre, como todo o experimento em si, mas não foge das previsões dos cientistas. No entanto, inesperadamente, os oito gerbos (pequenos mamíferos roedores) que estavam a bordo também não resistiram, o que foi uma “falha da equipe”, reconhece Valdimir Sychov, da Academia de Ciências da Rússia. As informações foram publicadas no jornal espanhol ABC, que não revelou o que aconteceu com o restante dos animais.
“Esta é a primeira vez que animais são enviados para o espaço durante tanto tempo, diz Sychov. Durante o mês que permaneceram fora da órbita da Terra, foram realizados dezenas de experimentos pelos institutos russo, pela NASA e por institutos europeus. Os ratos, por exemplo, foram analisados para que se pudesse avaliar o estado de sua densidade óssea, músculos e sistema cardiovascular. Além disso, passaram por diversos testes de resistência psicológica. Os cientistas justificam a experimentação animal dizendo que precisam compreender melhor os efeitos da microgravidade nos organismos vivos e as possíveis alterações biológicas frente ao impacto da radiação ionizante que provém do espaço, para posteriormente aplicar esse conhecimento aos seres humanos em voos mais longos, tal como a viagem cobiçada para Marte.
Teoria de Panspermia
Numerosos cientistas de vários países como EUA, França, Cazaquistão, Alemanha e Ucrânia esperavam a chegada dos animais do “Bion-M” para conhecer seu estado de saúde. Os animais serão transferidos para diferentes centros científicos, nos quais serão estudados ainda durante meses.
A outra parte desta missão é a de comprovar a ‘Teoria de Panspermia’ que sustenta que a vida se originou no espaço tendo começado ali a partir de meteoros e cometas.
Com este objetivo os cientistas haviam instalado, no revestimento da cápsula que levou estes animais, placas de basalto com buracos cheios de esporos de diferentes tipos de bactérias. Agora irão comprovar se estas terão ou não resistido “ao passeio” realizado.
fonte: anda.jor
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