Mesmo sob forte chuva, cerca de 50 pessoas protestaram na tarde deste domingo (19) em frente ao prédio da mulher que agrediu um cão, filhote de poddle, na última semana, na Zona Norte de Porto Alegre (RS). Com cartazes e cornetas, os manifestantes pediram a punição da agressora e medidas mais severas para coibir maus-tratos contra animais.
O protesto foi organizado pela internet, mas a chuva e o frio acabaram esvaziando o movimento, que não descarta uma nova mobilização durante esta semana. Segundo moradores do condomínio, o apartamento da família da agressora amanheceu fechado.
Na última sexta-feira (17), a Delegacia de Polícia para a Criança e Adolescente Vítima (DPCAV) finalizou inquérito e indiciou a mulher por três crimes: maus-tratos contra animais, maus-tratos contra crianças e constrangimento de menores. A gravação da agressão ao cão, feita por um vizinho, foi usada como prova. Em depoimento, testemunhas também afirmaram que ela agredia constantemente os filhos.
O inquérito deve ser enviado à Justiça no máximo até a segunda-feira (13). As penas previstas para os dois crimes contra as crianças vão de seis meses a dois anos de prisão. Já para o crime de maus-tratos a animais, a punição pode ser de três meses a um ano de prisão, além de multa.
Entenda o caso
As imagens do flagrante foram captadas por um estudante na última sexta-feira. Ele mora no mesmo condomínio da agressora, na Zona Norte de Porto Alegre. Durante as investigações, contou à imprensa que fez as gravações para apresentar provas concretas contra a mulher.
De um andar mais alto, o jovem filmou a mulher jogando o cão contra a parede e incitando o seu filho a dar chutes no filhote. O cão foi retirado desacordado do local pelo subsíndico do prédio.
“Quando eu vi ele desmaiado, coloquei a mão entre as grades e o puxei. Fiz o que fiz para salvar o filhote”, disse o subsíndico Bruno Campelo na tarde deste domingo (12).
O síndico, que tem uma clínica veterinária, levou para ser medicado. Após resgatado da agressão por parte da tutora, o filhote de cão já está descansando em uma nova casa. O animal foi doado pelo marido da agressora ao subsíndico do prédio, que o resgatou quando o viu desmaiado.
Repercussão
A recuperação do cão Rossi, nome dado pelos condôminos ao cão, parece estar bem. Desde a repercussão do vídeo, o cão virou ‘mascote’ do condomínio. Entretanto, Campelo evita um pouco o assédio ao animal por entender que é necessário cumprir com o calendário de vacinas, até lá, Rossi não sai de casa.
“Sinceramente, não sei como uma pessoa é capaz de tamanha agressão. Minha filha, de uma ano e três meses, adora ele, que vai ser muito bem cuidado aqui em casa”, completa o guardião.
Com informações de G1
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