quarta-feira, 22 de maio de 2013

nternauta flagra abandono de animais após feira em Fortaleza


IAnimais que não conseguem ser vendidos são abandonados, diz leitora.

Grupo recolheu 18 animais em um só dia perto de lagoa na capital.

Narjana BrisenoInternauta, Fortaleza, CE
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10 filhotes de cães foram encontrados perto de feira em Fortaleza (Foto: Narjana Briseno, Arquivo Pessoal)10 filhotes de cães foram encontrados próximo a feira em Fortaleza (Foto: Narjana Briseno/VC no G1 CE)
10 filhotes de cães foram encontrados perto de feira em Fortaleza (Foto: Narjana Briseno, Arquivo Pessoal)Alguns animais estavam quase dentro de
lagoa (Foto: Narjana Briseno/VC No G1 CE)
A promotora de vendas Narjana Briseno, 27, denuncia o abandono de animais domésticos que são vendidos na feira do Bairro Parangaba, em Fortaleza. No dia 21 de maio, ela e outros amigos que integram um grupo proteção de animais recolheram 10 filhotes de cães e oito gatos nas proximidades da lagoa da Parangaba, que, segundo ela, foram abandonados por feirantes. “Alguns deles foram encontrados quase dentro da lagoa. Recebemos a denúncia de que os feirantes abandonaram os animais porque não conseguiram vendê-los”, disse Narjana.
Narjana diz que o número de denúncias que chegam ao grupo de Proteção Animal Fortaleza (PAF) sobre o abandono de animais por feirantes aumentou significativamente. O grupocompartilha nas redes sociais informações sobre animais maltratados e abandonados e pede abrigos temporários, além de organizar feiras de adoções. “Eles dizem que os animais são de raça para enganar os clientes, mas na verdade são apenas filhotes, o que dificulta a distinção”, explica.
Segundo ela, o caso foi denunciado ao Ministério Público Estadual e a Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA) foi à feira da Parangaba, mas os feirantes continuam abandonando os animais. “Denunciaram que, no dia da ida dos policiais ao local, os feirantes da Parangaba abandonaram os animais em outra lagoa, a da Maraponga”, afirma. Além de condenar o abandono, Narjana também diz que o grupo se posiciona contra a comercialização dos animais domésticos. “Devia haver uma fiscalização para proibir a venda também. É aí que começa tudo”, afirma.
Nota da redação: O comandante da CPMA, major Marcus Costa, esclarece ao G1 que apenas a comercialização de alguns animais silvestres é proibida, o que não é o caso dos cães e gatos recolhidos na feira da Parangaba pelo PAF. “Não há risco penal coibido na venda de animais domésticos. O que não pode haver é algum confinamento que configure maus tratos ou mesmo abandono. Nesses casos, temos uma ação direta para impedir as ações”, explica.
Outro problema relatado pelo major é a falta de local para os animais domésticos recolhidos por conta da lotação dos centros de zoonoses. “Procuramos também algumas ONGs [organizações não governamentais] para receber os animais, mas, às vezes, não é possível e isso gera casos como o da delegacia de Beberibe que, atualmente, abriga dois cães apreendidos porque não temos para onde levá-los”. O centro de triagem do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Fortaleza, pode receber apenas os animais silvestres apreendidos.
Sobre o caso do abandono nas proximidades da Lagoa da Maraponga, o major revela ter tomado conhecimento pela reportagem do G1 e pede que denúncias do sejam feitas pelo 190 ou o pelo próprio telefone da CPMA: (85) 3101 – 3545, que funciona em regime de plantão recebendo denúncias de infrações ambientais.
fonte:g1.globo

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