Na foto, cão explorado para guarda da força aérea (Foto: Reprodução/Let the Animals Live)
A Força Aérea Israelense (IAF) não está fornecendo abrigos suficientes para as centenas de cães que são explorados como guardas de suas bases, violando uma ordem judicial que assim exigia que fosse feito, declarou um grupo de direitos animais em um pedido ao Tribunal Rishon Letzion.
A ONG Let the Animals Live está pedindo ao tribunal que multe o Ministério da Defesa e as Forças de Defesa de Israel (IDF) diariamente em 1.000 novos shekels israelenses (cerca de 260 dólares) para cada cão mantido em condições contrárias à ordem judicial. Ela também quer que o tribunal mantenha o Ministério da Defesa e as IDF em condição de desacato, juntamente com o ministro da Defesa Ehud Barak, o chefe de gabinete das IDF e tenente-general Benny Gantz e o chefe da IAF Amir Eshel.
“Esse é um daqueles graves incidentes em que assistimos ao abuso sistemático de animais por parte do Estado, e que continua mesmo depois de o tribunal ordenar ao Estado que pare de fazer isso”, disse o grupo em um comunicado.
O porta-voz do IDF disse que coberturas seriam instaladas nas próximas semanas. Elas deveriam ter sido colocadas até o fim de fevereiro, de acordo com uma prorrogação concedida pelo tribunal. Mas os advogados dos militares disseram que isso ainda não foi feito devido a atrasos do fabricante e do fornecedor e que a IAF já pagou cerca de 130 mil dólares por essas coberturas nos canis.
A IAF teria dito à ONG, há um mês, que metade de suas bases ainda não tinham essas coberturas e que elas seriam instaladas depois da Páscoa judaica, mas o grupo de direitos animais afirma que os cães ainda estão definhando sob o sol.
O grupo espera que o tribunal “imponha punições severas aos responsáveis por prejudicar os cães, incluindo penas de prisão que façam com que a força aérea obedeça à ordem judicial imediatamente e fique claro que o abuso sistemático de animais por parte do Estado deve ser denunciado por completo”.
Em julho de 2011, uma ordem judicial foi emitida exigindo da força aérea “que se abstenha de manter os cães regularmente amarrados à cerca das bases sem ter pelo menos três metros quadrados de espaço contíguo à sombra, sem contar a casinha”.
A ordem, inicialmente, era para ter entrado em vigor em novembro, mas o tribunal concedeu à força aérea uma prorrogação até o final de fevereiro e a IAF comprometeu-se com a ordem judicial na época.
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