sexta-feira, 16 de março de 2012

Santos apura denúncia de venda de cães a navios para abate



A Coordenadoria de Proteção à Vida Animal (Coprovida), da Secretaria de Meio Ambiente de Santos, no litoral paulista, apura denúncias de que cães vivos estão sendo levados irregularmente a navios de bandeira estrangeira, ancorados na zona portuária da cidade, para serem abatidos. De acordo com a coordenadora interina da Coprovida, Maria Isabel Francisca da Hora, denúncias recebidas por e-mail informam que cachorros são vendidos para tripulações coreanas. A carne dos bichos estaria sendo consumida por marujos durante as viagens.
“Até agora não existe nenhum indício ou prova de que esteja ocorrendo comércio de cães em navios no Porto de Santos. Mas como recebemos as denúncias, decidimos apurá-las”, Maria Isabel.
De acordo com a coordenadora, fiscais da Coprovida devem ir nesta sexta-feira (16) à Vigilância Sanitária de Santos para tratar do assunto. “Como há uma série de autorizações necessárias para entrar no porto, vamos falar com a vigilância, que tem acesso frequente ao local. Se houver necessidade, ou indício de que algum cão esteja sendo levado para lá, podemos pedir ajuda também à Polícia Federal”, afirmou Maria Isabel.
As denúncias de que cães estão sendo vendidos a navios no Porto de Santos também é discutida na internet. No Facebook, por exemplo, uma foto foi publicada mostrando vários cachorros em gaiolas sobre um caminhão que estaria indo ao porto santista. Mas, segundo a Coprovida, a imagem não foi feita em Santos, mas, sim, em algum país asiático, onde há o hábito de comer carne de cães.
“Queremos esclarecer que a foto dos cães no caminhão não tem qualquer relação com nossa cidade. É perigoso utilizar aquela imagem porque dá a entender que isso está ocorrendo aqui”, disse a coordenadora da Coprovida. “Reforço que até agora as denúncias não passam de boatos. É preciso que a população saiba que é muito difícil entrar com animais na região portuária. Há um controle e fiscalização muito presente para inibir isso”, explica Maria Isabel.
Fonte: G1

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