Quem conheceu a Ana através do Big Brother Brasil 9 talvez desconheça um lado que não ficou evidenciado em sua participação neste reality show. Ana Carolina Madeira dissertou sobre a objeção de consciência no curso de Direito, e agora, além de uma celebridade global, pode passar a ser conhecida também como "Madeira, A.C. (2008)". Seu trabalho, bastante completo diga-se de passagem, apela para a conscientização e luta dos estudantes pela liberdade de consciência. Os cursos de veterinária que se cuidem, pois ela chegará armada de conhecimento. A 1R conseguiu conversar com esta simpática pessoa, e disponibilizar, além de suas próprias palavras sobre o assunto, seu trabalho, que pode ser usado como referência a partir de agora.
Clique aqui para conhecer a monografia de Madeira.
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Conte-nos um pouco de como chegou a objeção de consciência como tema de monografia.
Ana Carolina: No início da escolha de um tema para minha monografia tinha o seguinte pensamento: quero finalizar o curso de direito contribuindo de alguma maneira com a ajuda aos animais. Todos aqueles que me conhecem sabem do amor que sinto pelos bichos, sendo eles cachorros, gatos, cavalos, animais silvestres ou qualquer outra espécie.
Durante a faculdade, ao elaborar um trabalho de filosofia de direito, o professor sugeriu que eu fichasse o capítulo do livro: “Ética Prática” de Peter Singer relacionado aos animais. A partir desse momento que eu comecei a me interessar sobre a experimentação animal, tendo em vista que, eu, uma guria extremamente vaidosa, amantes de cosméticos, que sonha em fazer veterinária, não podia ficar inerte a crueldade que estava acontecendo com os animais nos laboratórios.
É por esse motivo que minha escolha não poderia ter sido diferente: meu tema precisava ser relacionado a minha maior paixão, os animais. Comecei a pesquisar empresas que faziam experimentação e a descobrir quais lugares praticavam essa barbárie. Foi uma longa pesquisa que durou aproximadamente um ano e meio. Entretanto, ainda faltava uma ligação entre a veterinária e o direito. Ao ler o livro “Alternativas ao uso de animais vivos na educação”, de Sergio Greif, encontrei a ligação que faltava, já que ele menciona a objeção de consciência. De qualquer modo, devido a dificuldade de informações sobre o assunto escolhido, as pesquisas não se limitaram em poucas referências, mas mesmo com as dificuldades, o resultado obtido no final do estudo escolhido - “O direito de objeção de consciência na experimentação animal: uma controvérsia no mundo cientifico” - foi um sucesso.
Porque acha importante que a área do direito se envolva nesta temática?
Ana Carolina: Por que é através da discussão exaustiva sobre esse tema que as pessoas vão tomando consciência que de tem que lutar pelo seu direito fundamental da liberdade de consciência, que é o direito do individuo poder agir de acordo com a sua conduta moral. E só assim esse conflito entre o dever legal e moral pode ser solucionado.
Alguns estudantes vêm recebendo da justiça parecer favorável sobre seus pedidos de objeção de consciência, como no caso do estudante Róber Bachinski (UFRGS) e Juliana Itabaiana (UFRJ). Ao que acha que se deve essa abertura da justiça em relação ao reconhecimento deste direito?
Ana Carolina: O reconhecimento deste direito deve-se a intensa luta dos protetores de animais, pois é através delas que a sociedade começa a entender a tamanha crueldade que os animais são tratados dentro dos laboratórios das universidades.
Que recado daria para estudantes que não querem utilizar animais nas aulas práticas?
Ana Carolina: Lutem pela liberdade de consciência. Por mais que existam impedimentos: não desistam. Não será um caminho fácil, mas vale a pena lutar por aquilo que se acredita. Não há recompensa maior que concluir o curso dos seus sonhos com a consciência limpa e sabendo que não somente o seu direito foi respeitado, mas também que tu respeitaste os milhares de animais que deixou de matar. Afinal, vocês estão estudando para aprender a salvar vidas e não para torturar e matar em laboratórios.
Ana Carolina: No início da escolha de um tema para minha monografia tinha o seguinte pensamento: quero finalizar o curso de direito contribuindo de alguma maneira com a ajuda aos animais. Todos aqueles que me conhecem sabem do amor que sinto pelos bichos, sendo eles cachorros, gatos, cavalos, animais silvestres ou qualquer outra espécie.
Durante a faculdade, ao elaborar um trabalho de filosofia de direito, o professor sugeriu que eu fichasse o capítulo do livro: “Ética Prática” de Peter Singer relacionado aos animais. A partir desse momento que eu comecei a me interessar sobre a experimentação animal, tendo em vista que, eu, uma guria extremamente vaidosa, amantes de cosméticos, que sonha em fazer veterinária, não podia ficar inerte a crueldade que estava acontecendo com os animais nos laboratórios.
É por esse motivo que minha escolha não poderia ter sido diferente: meu tema precisava ser relacionado a minha maior paixão, os animais. Comecei a pesquisar empresas que faziam experimentação e a descobrir quais lugares praticavam essa barbárie. Foi uma longa pesquisa que durou aproximadamente um ano e meio. Entretanto, ainda faltava uma ligação entre a veterinária e o direito. Ao ler o livro “Alternativas ao uso de animais vivos na educação”, de Sergio Greif, encontrei a ligação que faltava, já que ele menciona a objeção de consciência. De qualquer modo, devido a dificuldade de informações sobre o assunto escolhido, as pesquisas não se limitaram em poucas referências, mas mesmo com as dificuldades, o resultado obtido no final do estudo escolhido - “O direito de objeção de consciência na experimentação animal: uma controvérsia no mundo cientifico” - foi um sucesso.
Porque acha importante que a área do direito se envolva nesta temática?
Ana Carolina: Por que é através da discussão exaustiva sobre esse tema que as pessoas vão tomando consciência que de tem que lutar pelo seu direito fundamental da liberdade de consciência, que é o direito do individuo poder agir de acordo com a sua conduta moral. E só assim esse conflito entre o dever legal e moral pode ser solucionado.
Alguns estudantes vêm recebendo da justiça parecer favorável sobre seus pedidos de objeção de consciência, como no caso do estudante Róber Bachinski (UFRGS) e Juliana Itabaiana (UFRJ). Ao que acha que se deve essa abertura da justiça em relação ao reconhecimento deste direito?
Ana Carolina: O reconhecimento deste direito deve-se a intensa luta dos protetores de animais, pois é através delas que a sociedade começa a entender a tamanha crueldade que os animais são tratados dentro dos laboratórios das universidades.
Que recado daria para estudantes que não querem utilizar animais nas aulas práticas?
Ana Carolina: Lutem pela liberdade de consciência. Por mais que existam impedimentos: não desistam. Não será um caminho fácil, mas vale a pena lutar por aquilo que se acredita. Não há recompensa maior que concluir o curso dos seus sonhos com a consciência limpa e sabendo que não somente o seu direito foi respeitado, mas também que tu respeitaste os milhares de animais que deixou de matar. Afinal, vocês estão estudando para aprender a salvar vidas e não para torturar e matar em laboratórios.
fonte:.1rnet.org
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